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Alunos da UERJ moradores de favelas desenvolvem pré-vestibular comunitário

Estudantes irão promover aulas para moradores que desejam prestar vestibular ou que buscam concluir os estudos

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em parceria com a associação dos moradores do Morro da Mangueira, está montando um pré-vestibular/supletivo social comunitário, para moradores da região que sonham em cursar uma faculdade. O projeto vem sendo retomado depois da suspensão das atividades por conta do novo coronavírus.

A prática entre os moradores de favelas que frequentam universidades é de sempre estar buscando outros favelados para ocuparem um espaço que é da classe popular, que são as universidades públicas. Em 2019, estudantes periféricos da UERJ, através do DCE, entraram em contato com a ONG Áfricas, com a Associação de Mulheres na Mangueira e com a Associação de Moradores da Mangueira para fazer essa conexão entre universidade e favelas, para ser uma ponte entre as duas. O que começou em um sábado de brincadeiras pedagógicas, evoluiu para um projeto social, “O Universidade Para Todos”, atualmente está disponibilizando 60 vagas para estudantes da favela, a maior parte dos professores do pré será feita por estudantes da UERJ que também são moradores das comunidades em torno da universidade.

“Além da vontade da galera tá entrando para uma universidade, também tem uma necessidade muito grande de projetos que ajudem a resolver o problema de conclusão dos estudos dos jovens da favela. Com essa demanda da comunidade, usamos a nossa participação no DCE UERJ, para fazer parcerias com os centros acadêmicos da universidade como os de, medicina, história, ciências sociais, engenharia, pedagogia e turismo para construir esse pré vestibular junto com as ongs da mangueira e a associação”, explica Paulo Victor de Almeida, um dos coordenadores do pré e estudante de História . 

Paulo é aluno da UERJ e participa do projeto.

As aulas irão retornar com um acompanhamento online, remoto e individual, para cada aluno de acordo com suas condições, até existirem condições seguras de se voltar a ter aula presencial. “Eu enquanto estudante oriundo de favela e que só entrou na universidade por causa de um pré-vestibular comunitário, e que tive minha vida completamente transformada por isso, é muito gratificante eu poder retribuir isso para a favela, levando um projeto que vai está transformando a vida de outros moradores. Porque a educação tem um papel central no combate de todas as desigualdades existentes na nossa sociedade” , complementa Paulo Victor.

Acesse o link para realizar a sua inscrição:  https://bit.ly/2YesV8M 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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