O sistema de educação no Brasil mudou com a pandemia do Covid-19. Seguindo as determinações federais, todos os governos dos estados suspenderam as atividades escolares e acadêmicas, públicas e particulares, por tempo indeterminado. Tal medida resultou em praticamente integralidade de ensino à distância durante este semestre, o que tem levantado discussões. E o Voz das Comunidades entrará neste debate com vistas para o ensino nas favelas.
Na próxima terça-feira (23), às 14h, acontecerá no Youtube e Twitter a live ‘Educação e Favela em tempos de pandemia’, conduzida pelo professor Jonas di Andrade. O debate será com Flavia Candido e Bianca Peçanha, professora e diretora do NICA-Jacarezinho (Núcleo Independente Comunitário de Aprendizagem), respectivamente, e Gabriela Sousa, professora do ensino público municipal.
“A conversa é para falar a respeito de educação e favela. Quais são os contextos que nós temos a partir ou por meio da pandemia que, consequentemente, fez com que nós mudássemos o formato de aula para o EAD. E quanto isso tem afetado o desempenho não só dos alunos, mas também dos professores. Obviamente que isso reverbera, faz com que os alunos e os professores tenham dificuldades durante essa caminhada que a gente tem seguido. Na verdade, as dificuldades são por conta de problemas que já existiam anteriormente e agora se agravaram ainda mais“, afirma Jonas.
Tomógrafos nas favelas não são utilizados mesmo após um mês de inauguração
Participantes da live
Jonas di Andrade. Ativista social, educador popular, graduado em Letras (UFRJ), professor de Literaturas do NICA e escritor.
Bianca Peçanha, 21 anos, favelada, coordenadora do NICA Jacarezinho, graduanda em geografia e bolsista profaex pela UFRJ e frente do Jacaré contra o Corona.
Flavia Candido, mulher-preta, moradora da Maré, mãe-solo, professora popular, militante de favela, Uerjiana, atualmente trabalha na assessoria da Dep. Estadual Renata Souza.
Gabriela Sousa, Pós-Graduada em Historia e Cultura Africana e Afro-Brasileira (IPN 2019). Professora do município do Rio de Janeiro desde 2014.