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Contando histórias de amor preto, musical “Se quiser falar de amor” estreia na Maré nesta terça-feira (6)

Embalado com clássicos do Funk Melody, musical destaca temas como empoderamento e emancipação.
Foto: Marina S. Alves / Divulgação

Quem nunca foi embalado com o famoso “Se quiser falar de amor, fale com o Marcinho“? Pensando em contar histórias cotidianas de amor entre pessoas pretas, destacando temas centrais como quilombo, empoderamento e emancipação, “Se quiser falar de amor” é um musical que chega revisitando os clássicos doo Funk Melody e outros ritmos populares que arcaram os anos 90 nas periferias do Brasil. O musical também homenageia os precursores do Funk Melody, MC Marcinho e MC Cacau.

Com estreia marcada para o dia 6 de agosto, uma terça-feira às 14h, o musical será apresentado também na quarta-feira (07) às 14h e de quinta a domingo, às 19h até o dia 11. Todas as sessões possui tradução em libras e os ingressos são gratuitos e adquiridos na hora. As apresentações acontecerão no Museu da Maré, que fica na Av. Guilherme Maxwel, 26 – Maré, e especialmente nos dias 6 e 7, às 14h, serão realizadas apresentações com áudio descrição.

Idealizado por Dani Câmara e Rei Black, que também integram o elenco, com direção de Rodrigo França e realizado pela produtora Corpa Negrura, o espetáculo conta com direção musical de Dani Nega e a montagem traz à tona memórias afetivas através de diferentes personagens, explorando as inúmeras formas de amar. Cada cena é um convite ao público para aprofundar-se em diálogos sobre o afeto entre corpos que resistem ao racismo, oferecendo uma reflexão tocante sobre amor e resistência, a partir de narrativas que não gerem gatilhos.

‌O musical ainda reforça a importância dos precursores do Funk Melody, MC Marcinho e MC Cacau na trilha sonora, como destaca o diretor Rodrigo França. “O funk melody, com sua batida envolvente e letras românticas, é uma poderosa ferramenta para contar histórias de amor, especialmente no contexto das favelas. Inserir músicas de MC Marcinho e MC Cacau não só adiciona autenticidade, mas também conecta o público à realidade cotidiana dessas comunidades”, ressalta.

‌Rodrigo também enfatiza a importância de falar sobre o amor de maneira potente e íntima: “Falar sobre o amor desta forma, em um espetáculo musical que aborda a favela, é crucial, pois humaniza e valoriza as vivências das comunidades marginalizadas, especialmente a comunidade preta. Esse enfoque permite mostrar que, apesar das adversidades, há beleza, afeto e complexidade nas relações interpessoais”, ele evidencia.

Foto: Marina S. Alves / Divulgação

‌Levantando reflexões políticas e sociais sobre o empoderamento e a identidade preta, Dani Câmara ressalta a importância de representar histórias de amor preto. “Segundo Bell Hooks, o amor é uma ação. E nossa ação como artistas e profissionais de teatro é dilatar e evoluir o imaginário social sobre o negro, na busca de uma arte popular que aproxime corpos diversos para além da experiência hegemônica contemporânea nas artes. Eu desejo um cenário cultural onde pessoas pretas, faveladas e periféricas possam se reconhecer, se inspirar e amar”, destaca.

O espetáculo “Se Quiser Falar de Amor” é realizado por meio de um edital da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Além das seis apresentações no Museu da Maré, durante os dias em que o espetáculo estará em cartaz, será produzido um mini documentário sobre todo o processo criativo e de produção. A estreia do documentário está prevista para o dia 30 de agosto.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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