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Mangueira do Amanhã abre inscrições para 2ª edição do Curso de Educação Antirracista

Curso é destinado para profissionais de diversas áreas e acontecerá aos sábados, nos dias 23 e 30
Foto: Reprodução

Esta quinta-feira (21) é o penúltimo dia para se inscrever na 2ª Edição do Curso de Educação Antirracista da Escola de Samba Mirim Mangueira do Amanhã. Sucesso na primeira edição, a iniciativa busca criar um espaço de troca e ensino e aprendizagem sobre relações étnico-raciais, utilizando a cultura do samba como ferramenta pedagógica.

O curso, que integra o calendário oficial do Novembro Negro da Prefeitura do Rio, é realizado em parceria com a Estação Primeira de Mangueira, Quilombo do Samba, Gerência de Relações Étnico-Raciais da Subsecretaria de Ensino da Secretaria Municipal de Educação (GERER-SME) e Instituto Afrofuturo, contando ainda com o apoio de organizações como Cultne e PerifaConnection. A Yayá Comidaria Pop Brasileira oferecerá um almoço de confraternização para os palestrantes.

O curso reforça a importância da educação antirracista na formação das novas gerações de crianças e adolescentes do samba, assim como o cumprimento das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatórios os estudos da cultura afro-brasileira, africana e indígena. Bárbara Rachel é diretora cultural da Mangueira do Amanhã, componente de carro coreografado da Estação Primeira de Mangueira e idealizadora do Curso de Educação Antirracista. Para ela, é de grande importância que a escola de samba mirim da Mangueira possa ser vista pela sociedade como um todo como um lugar de formação integral de crianças e adolescentes. Abrindo novos caminhos para todas as escolas mirins, destacando o pioneirismo no projeto. “A Mangueira do Amanhã abre alas para que escolas de samba mirins sejam vistas como espaços de formação integral, conectando arte, cidadania e protagonismo preto. Uma formação racializada. Acreditamos que isso só é possível quando envolvemos toda Comunidade nesse processo. Hoje a presidência e diretoria da Escola é composta de ‘crias’. Somos frutos de projetos culturais também.”

Para Marcos Luca Valentim, o curso “É sobre construir crianças fortes para que não precisemos consertar adultos quebrados”, afirmou enfatizando o impacto positivo da educação na desconstrução de estigmas raciais. Marcos é jornalista e é uma liderança no grupo étnico-racial da TV Globo. Além disso, Marcos é um dos fundadores do Ubuntu Esporte Clube, primeiro projeto audiovisual da Globo feito somente por jornalistas negros. Para Vivian Pereira, Coordenadora do Quilombo do Samba e enredista da Beija-Flor “O Curso de Educação Antirracista da Mangueira do Amanhã é uma iniciativa fundamental porque além de promover o conhecimento da história e da cultura africana e afro-brasileira, dá subsídio aos educadores para construir práticas pedagógicas mais diversas e inclusivas a partir de uma escola de samba”.

Marcos, Barbara, Kenia e Vivian ministrarão palestras na 2ª Edição do Curso de Educação Antirracista da Mangueira do Amanhã
Foto: Reprodução

A escritora Kenia Maria, que também é representante das Mulheres Negras na Organização das Nações Unidas (ONU) palestrará sobre “Literatura Infantil Afrorreferenciada” no curso. “A minha literatura tem muito de colaborar com o combate ao racismo religioso nas escolas”, relata ela. Escritora das obras “Lindas Águas” e “Flechinha”, os livros tratam de jovens heróis que são presenteados pelos Orixás ao salvarem a natureza. “Os livros trazem a questão da sustentabilidade e da ecologia, que tem muito a ver com a nossa religião”.

O curso conta ainda com renomados nomes do Carnaval, da Educação Antirracista e da Cultura negra como:

  • Sthefanye Paz, Enredista da Estação Primeira de Mangueira,
  • Thayssa Menezes – Canavalesca da Abolição,
  • Jader Moraes, Mestre em Comunicação e Cultura,
  • Paulinho do Bandolim, Compositor consagrado da Mangueira,
  • Evelyn Bastos Presidente da Mangueira do Amanhã e Rainha de Bateria,
  • Patrícia Sodré, Especialista em Educação Infantil,
  • Flávio Barros, psicólogo afrorreferenciado e passista,
  • Morena MARIAH fundadora do Instituto Afrofuturo entre outros.

As inscrições vão até o dia 22 e podem ser feitas clicando aqui. O formulário também conta com link para o edital. O curso ocorre nos dias que acontecerá nos dias 23 e 30 de novembro, das 9h às 14h.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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