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Saúde, educação e emprego: moradores do Alemão esperam melhorias para 2021

“Paes vai ter que consertar a bagunça toda dos hospitais e pagar o que o atual deixou devendo"
Foto: Vilma Ribeiro

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Eleito prefeito do Rio de Janeiro em 2020, Eduardo Paes (DEM) precisa cumprir com as propostas de seu plano de governo nos próximos 4 anos. Cariocas confiaram o voto no candidato e esperam mudanças positivas para a cidade, como os moradores do Complexo do Alemão, que almejam melhorias para a comunidade, principalmente na área da saúde, educação e empregabilidade.

Glória Alves é moradora do Complexo do Alemão e tem esperança que haverá mudanças com Eduardo Paes na prefeitura. Isto porque segundo Glória, ele não deixou faltar com tanta frequência itens básicos nos mandatos anteriores, como remédios, funcionamento das clínicas da família e UPAs, reforma de creches, entre outros, diferente da atual gestão. 

“Precisa urgente ser mudada essa história das UPAs e clínicas da família, da saúde em geral, porque com o coronavírus tem que ter remédio e respirador nos hospitais. Outra situação é a educação, minha filha estuda e só recebeu o conteúdo no início, agora não está chegando mais. Ele também tem que fazer alguma coisa para resolver a falta de emprego, muita gente ficou em casa e acabou perdendo emprego e a precisamos trabalhar”, relata Glória Alves.

Para Glória, o maior desafio do futuro prefeito será solucionar os problema deixados por Marcelo Crivella. “Paes vai ter que consertar a bagunça toda dos hospitais e pagar o que o atual deixou devendo, mas acredito que ele vai fazer. Acho que ele vai consertar um pouco ou pelo menos dar uma melhorada no que a gente está passando. Quem é rico dá um jeito, a gente não tem, eu estou há 1 ano e 2 meses desempregada”, conta a moradora.

Glória Alves mora na localidade conhecida como Teleférico das Palmeiras, no Complexo do Alemão. Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades

Dona de uma mercearia no Teleférico das Palmeiras e moradora da localidade, Laureana Sousa diz que a cidade precisa de melhoria na saúde, pois está precária em meio a pandemia. Além da reabertura das clínicas da família, como a da Palmeiras que está fechada e abandonada junto ao Teleférico do Alemão, que também precisa de investimento, fiscalização e atenção das autoridades.

Laureana relatou sobre a importância de projetos sociais para adultos, gerando capacitação e oportunidades de trabalho: “tem que começar a abrir projeto social para reeducar os pais e as mães, para os responsáveis terem capacidade de cuidar dos filhos dentro de casa. Oferecer oportunidade de trabalho para pais e mães darem condições melhores aos filhos. Não adianta só meu filho ficar dentro da sala o dia inteiro mas chega dentro casa e não tem um arroz para comer. Tem que abrir porta de emprego pra gente trabalhar”.

Para a moradora, os brasileiros estão desacreditados da política e não esperam muita coisa das autoridades. No entanto, o prefeito é julgado culpado por todos os problemas da cidade, mas a população também tem suas responsabilidades. “Sabe qual é a questão, o Rio de janeiro tem muitos problemas e eles querem colocar a culpa só em um, tudo é o prefeito, ele carrega a sobrecarga toda. A cidade não é feita só de prefeito, não é só ele que tem que resolver todos os problemas. Por exemplo, se der uma enchente no morro e alagar tudo o culpado é o prefeito, mas o prefeito não estava jogando lixo nas valas, em lugar errado, fora das caçambas. Nem tudo é o prefeito, as vezes é consciência nossa”, diz Laureane Sousa.

Laureane Sousa é mãe de sete filhos e luta para que tenham um futuro melhor. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Marido de Laureane, Galileu Vieira diz que Eduardo Paes fez ótimos mandatos e agora vai pegar uma prefeitura sucateada, mas acredita que o prefeito eleito vai fazer o melhor para a cidade. Galileu espera que com Paes os projetos do Alemão voltem a funcionar, como bibliotecas, sala de leitura, Clínica da Família Palmeiras e o teleférico. 

Para Galileu o principal problema está na área da saúde e precisa de melhora imediata. “Ele melhorando a área da saúde e abrindo frentes de emprego para mim seria ótimo, é o essencial. A gente hoje tem que lutar pelo melhor”.

Galileu Vieira já foi presidente da associação de moradores local e espera o melhor para a comunidade. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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