Fundado em 2007, o projeto Sacode Mangueira surgiu com objetivo de ensinar a arte do samba para as crianças do Morro. O inicio foi lá no Buraco Quente. Naquela época, o maior desafio era não ter um espaço físico. As aulas de percussão aconteciam na rua. Com a expansão do projeto, novos caminhos e oportunidades foram se abrindo. Hoje, além de ter uma sede, o Sacode Mangueira oferece reforço escolar, libras, cavaquinho, violão, guitarra e partituras.
André Henrique, fundador do projeto, observa com muito orgulho os frutos que hoje são colhidos. O Sacode Mangueira é uma coisa de família. Os filhos de André que cresceram acompanhando as atividades hoje ensinam o que aprenderam enquanto professores. Para quem é cria de favela, iniciativas como essas são fundamentais para apresentar outras realidades e incentivar sonhos através da arte.
“Isso é um motivo de muito orgulho. Ver os valores do projeto se refletindo dentro da minha própria casa mostra que estamos no caminho certo. Nós observamos mudanças desde o comportamento [dos alunos], pois a música traz disciplina, concentração, fortalecimento de vínculos, e tudo isso tem sido um feedback constante dos pais e professores das escolas”, conta André.
Além das aulas, o Sacode Mangueira também conta com uma cozinha solidária coordenada por Kalynda Neves, filha de André. Com o aprofundamento das desigualdades trazido pela pandemia, a necessidade de fazer algo para combater a fome foi aflorada. Hoje, são cerca de 280 refeições entregues por dia. Além da marca de mais de 160 mil refeições entregues em um ano.
“Nós já buscávamos há muito tempo uma forma de combater a fome, doando cestas básicas na nossa comunidade, especialmente durante a pandemia, quando a situação se agravou. Logo depois, surgiu uma oportunidade, através da parceria com o CRAS, para desenvolver um programa de segurança alimentar com a Prefeitura do Rio de Janeiro”, explica André, fundador do projeto.
O Sacode Mangueira realiza suas atividades na Rua Bartolomeu de Gusmão, 110, e tem se tornado uma referência na comunidade. O projeto não recebe apoio financeiro e aceita parcerias para ampliar e fortalecer o projeto.
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