Sacode Mangueira: projeto social transforma vidas através da música e da arte

Há 18 anos, iniciativa forma percussionista e atua com uma cozinha comunitária
Aulas do Sacode Mangueira acontecem na Rua Bartolomeu Gusmão. Foto: Carlos Azevedo

André Henrique, fundador do projeto, observa com muito orgulho os frutos que hoje são colhidos. O Sacode Mangueira é uma coisa de família. Os filhos de André que cresceram acompanhando as atividades hoje ensinam o que aprenderam enquanto professores. Para quem é cria de favela, iniciativas como essas são fundamentais para apresentar outras realidades e incentivar sonhos através da arte.

“Isso é um motivo de muito orgulho. Ver os valores do projeto se refletindo dentro da minha própria casa mostra que estamos no caminho certo. Nós observamos mudanças desde o comportamento [dos alunos], pois a música traz disciplina, concentração, fortalecimento de vínculos, e tudo isso tem sido um feedback constante dos pais e professores das escolas”, conta André.

O Projeto Social oferece aulas de percussão e lanches aos alunos, promovendo não apenas música, mas também valores sociais e culturais.

Além das aulas, o Sacode Mangueira também conta com uma cozinha solidária coordenada por Kalynda Neves, filha de André. Com o aprofundamento das desigualdades trazido pela pandemia, a necessidade de fazer algo para combater a fome foi aflorada. Hoje, são cerca de 280 refeições entregues por dia. Além da marca de mais de 160 mil refeições entregues em um ano.

“Nós já buscávamos há muito tempo uma forma de combater a fome, doando cestas básicas na nossa comunidade, especialmente durante a pandemia, quando a situação se agravou. Logo depois, surgiu uma oportunidade, através da parceria com o CRAS, para desenvolver um programa de segurança alimentar com a Prefeitura do Rio de Janeiro”, explica André, fundador do projeto.

O Sacode Mangueira realiza suas atividades na Rua Bartolomeu de Gusmão, 110, e tem se tornado uma referência na comunidade. O projeto não recebe apoio financeiro e aceita parcerias para ampliar e fortalecer o projeto.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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