Na última segunda-feira (28), a ativista Rafaela França participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro promovida pela Comissão Cumpra-se. O encontro reuniu especialistas, parlamentares e representantes da sociedade civil e debateu a regulamentação de projetos que buscam ampliar pesquisas científicas sobre a cannabis e garantir a distribuição gratuita de canabidiol pelo Sistema Único de Saúde.
No espaço, Rafaela destacou a importância de incluir quem vivencia uma rotina atípica e necessita dessas medidas nas favelas do Rio. Desde 2020, Rafaela compartilha os desafios de ser uma mãe atípica e de favela com outras mulheres que têm uma vivência semelhante. Através de muita mobilização, sua filha Maria faz uso de canabidiol. E através do Núcleo de Estimulação Estrela de Maria ela acolhe mães e crianças atípicas, promove distribuições de abafadores de ruídos, além dos mutirões neurológicos.
A presença do NEEM neste espaço é fundamental para reforçar a importância de considerar a realidade da favela em espaços de poder e decisão. Não há como avançar no acesso a canabis no Brasil sem considerar a população que mais sofre com a criminalização.