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Projeto social Além do Morro atende mais de 50 famílias nas comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia

A iniciativa oferece aulas de reforço escolar, pré-vestibular e cursos artísticos para crianças e adolescentes

Foto: Projeto Além do Morro/Divulgação

Visando oferecer caminho mais acessível para o leque de possibilidades que a educação social oferece na vida dos moradores nas favelas cariocas, o projeto Além do Morro disponibiliza aulas de reforço escolar, pré-vestibular, música, desenho, teatro e arteterapia. O público-alvo são crianças e adolescentes nas comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia, localizada no bairro Leme.

Com o atendimento especializado a grupos de situação extrema nos indicadores de vulnerabilidade e risco social, a equipe do Além do Morro atende mais de 50 famílias. Elas recebem acompanhamento pedagógico e psicossocial da equipe de voluntários. De acordo com Hugo Alaor, de 40 anos, um dos fundadores da iniciativa social, a ideia surgiu através de uma conversa com sua amiga Mila Coelho sobre a essencialidade da leitura no desenvolvimento dos jovens da periferia.

“No início da pandemia, lá em 2020, eu abri a minha estante de livros para a comunidade. Pois, trabalhei por anos em livrarias e entendi a necessidade de fazer algo que distraísse as crianças naquele momento complicado que estávamos passando. A gente sabe que a favela não tem muito acesso a livros porque são caros! Nisso, o projeto tomou uma proporção tão grande que abrimos para um grupo de amigos de diversas áreas que também se sensibilizaram e nos auxiliam a realizar essa transformação social. Agora, o projeto conta com aulas de moda, beleza, artes, música, fotografia, teatro e muito mais”, explica.

Projeto Social
A iniciativa social atua desde 2020 nas comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia.
Foto: Além do Morro/Divulgação

Como explica Hugo, a iniciativa social Além do Morro é uma realização colaborativa de pessoas engajadas a entregarem meios acessíveis para a educação social. Com isso, ela está aberta a receber doações de qualquer localidade e todas são direcionadas às famílias atendidas.

“Atualmente, estamos atrás de uma geladeira com freezer para colocar as comidas, filtro de água, mesas e cadeiras, microondas, liquidificador, colheres e garfos, prateleiras para sustentar os livros, mochilas, folhas A4, cadernos, lápis de cor, álcool em gel e máscaras”, destaca.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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