A história do Wilton Oliveira da Costa, de 33 anos, morador do Complexo do Lins, ganhou um novo capítulo. Após ter o pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ/RJ), o advogado Reinaldo Máximo conseguiu o alvará de soltura nesta sexta-feira (03) e, a partir deste sábado, Wilton poderá responder em liberdade a acusação de roubo de uma motocicleta, crime que teria sido cometido pelo irmão.
Segundo a decisão da 36° Vara Criminal da Comarca, a liberação se dá após ver que, no depoimento da vítima, a mesma afirmou que o verdadeiro autor do crime era parecido com Wilton, deixando dúvidas quanto a sua autoria. Wilton estava preso no presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte da capital fluminense.
Sobre a prisão
Jardineiro do Hospital Federal do Andaraí, Wilton Oliveira da Costa foi preso no trabalho no dia 12 de maio. A prisão se deu porque Wilton teria sido confundido com o irmão, William Oliveira da Costa, morto em fevereiro deste ano em uma operação policial no Morro do Encontro, no Complexo do Lins, zona Norte do Rio. A família afirma que William usava documentos do irmão quando era abordado por policiais, o que gerou sete processos para Wilton. Além de trabalhar, Wilton estuda Educação Física na Estácio.
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Nota da defesa sobre a soltura de Wilton Oliveira da Costa
“Conforme veio sendo noticiado pelos canais da mídia em 23/06/2020 houve o julgamento do Habeas corpus a favor de Wilton Oliveira da Costa o qual foi denegada a ordem de soltura pela quarta câmara criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Porém, não satisfeito com a referida decisão, essa defesa técnica impetrou novo habeas corpus perante ao STJ bem como ingressou com o processo administrativo junto a Corregedoria Geral da Justiça do Rio de Janeiro tendo em vista que os diversos pedidos estavam sendo enviados ao Juiz de Direito da 36° Vara Criminal da Comarca da capital requerendo a soltura de Wilton, desde o mês de maio/2020 e não estavam sendo analisados. Sendo assim, na data de 03/07/2020 após um minucioso análise pelo juízo natural do caso, o magistrado concedeu a soltura e o direito de Wilton responder em liberdade afirmando que demonstrado no depoimento da vítima a mesma afirmou que o verdadeiro autor do crime era parecido com Wilton, deixando assim dúvidas quanto a sua autoria. Segundo essa defesa técnica já vinha afirmando o erro no reconhecimento entre irmãos pelo Juiz de Direito da 36° Vara Criminal da Capital foi revogada a prisão preventiva decretada em desfavor de Wilton o qual passa a responder o processo em liberdade. Nesse momento o processo continua tramitando porém Wilton podendo responder em liberdade terá o momento adequado para se defender e provar em tempo hábil que não foi o autor e nunca cometeu nenhum roubo.“