Nova lei garante acessibilidade em concursos para pessoas com deficiência

Proposta garante que candidatos com deficiência visual, auditiva, física, intelectual ou neurodiversidades, tenham acesso a uma série de recursos que facilitam realização das provas.
Foto: Divulgação / Governo estadual do Rio

O Projeto de Lei 2.812/2023, que assegura que os candidatos com deficiência visual, auditiva, física, intelectual ou neurodiversidades, como autismo, dislexia e déficit de atenção, tenham acesso a uma série de recursos que facilitam a realização das provas foi sancionada pelo governo estadual do Rio de Janeiro. Essa lei garante maior acessibilidade aos concursos públicos e processos seletivos para pessoas com deficiência.

Entre as principais novidades trazidas na lei, estão o acesso à prova impressa em braile ou com caracteres ampliados para os candidatos com deficiência visual, assim como a possibilidade de apoio presencial para a leitura da prova por fiscal ledor ou transcritor especializado. Para esses candidatos, ainda será permitido o uso de computador com software de leitura de tela ou de ampliação.

A lei também garante adaptações para candidatos com deficiência física, como mobiliário adequado e salas de fácil acesso. Para aqueles com deficiência intelectual ou neurodiversidade, o direito ao apoio na leitura da prova será dado, com a presença de fiscais ledor ou transcritores capacitados.

Já os candidatos com deficiência auditiva terão direito à utilização de aparelho auricular, sujeito à inspeção, e poderão contar com um fiscal intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para a gravação em vídeo da prova.

Além disso, todas as salas de prova deverão ser acessíveis, com a garantia de que os candidatos com mobilidade reduzida possam se locomover até o local e utilizar as instalações comuns sem dificuldades.

O Projeto de Lei é de autoria do deputado Júlio Rocha (Agir). O texto havia sido aprovado em segunda discussão pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) na última semana. Além de Júlio, o projeto conta com a coautoria dos deputados Dionísio Lins (PP), Samuel Malafaia (PL) e Fred Pacheco (PMN). A proposta segue as diretrizes da Lei Federal 12.319/2010, que regulamenta a utilização de Libras em processos seletivos.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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