“Eu conquistei foi na raça”: MC Poze lança música “Desabafo 2”, após sua prisão

Prisão de MC alerta sobre criminalização do funk
A música "Desabafo 2" está disponível em todas as plataformas digitais. Foto: Reprodução

Após ficar cinco dias preso, MC Poze lança a música “Desabafo 2”, que traz sobre sua luta e a injustiça de ser preso por conta sua arte. Aos 26 anos, o jovem canta a realidade da favela que vive a criminalização por parte do Estado. Poze já foi envolvido com o varejo de drogas. No entanto, largou a criminalidade para cantar.

O MC foi acusado de fazer apologia ao crime e ser associado a facções criminosas. A prisão foi marcada pela presença da imprensa e truculência dos policiais, que não permitiram que Poze vestisse uma camisa e e calçasse um chinelo. A letra da música reafirma que Poze não é bandido e que tudo que conquistou foi com o dinheiro do próprio trabalho.

“Na sexta-feira, a polícia veio na minha porta me interrogar / Querendo saber quantos quilos de ouro eu tenho / Vai lá, vai lá / Na minha vida de graça, eu conquistei foi na raça / Aviso bem que filho da p*ta nenhum vai me intimidar”, canta Poze parte da música.

Poze saiu do presídio de Bangu na segunda-feira. Para continuar em liberdade ele terá que cumprir alguns requisitos: comparecer perante um juiz mensalmente, justificar suas atividades e não se ausentar da cidade do Rio de Janeiro até a análise do mérito do habeas corpus. Poze do Rodo também não pode se comunicar com pessoas investigadas no inquérito, testemunhas e membros do Comando Vermelho.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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