Um incêndio atingiu, na manhã desta quarta-feira (12), um prédio na Rua Roberto Silva, próximo à Rua Uranos, em Ramos, na Zona Norte do Rio. O local abriga a Fábrica Maximus, responsável pela confecção de fantasias para diversas escolas de samba, além de uniformes militares. De acordo com informações da TV Globo, a Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) revelou que cerca de 60% das fantasias do Carnaval carioca são produzidas no local.
A tragédia impactou diretamente várias escolas de samba, incluindo Império Serrano, Unidos da Ponte, Porto da Pedra e Unidos de Bangu, que manifestaram preocupação e lamentaram o ocorrido. Em nota, o Império Serrano destacou que toda a sua produção para o Carnaval 2025 estava no galpão atingido. “Neste momento, estamos focados em garantir a segurança de todos os envolvidos neste acidente”, afirmou a escola nas redes sociais. A escola perdeu toda a sua produção. Já a Porto da Pedra relatou que duas alas, além de placas e tecidos, estavam no local e seriam entregues ainda hoje. A maior preocupação, segundo todas as escolas, é com os trabalhadores do local.
Ao jornal Fala Roça, a Acadêmicos da Rocinha confirmou que foi afetada pelo incêndio na fábrica. “Em nota oficial, a Acadêmicos da Rocinha informou que todas as malhas e sublimações de 13 alas, incluindo bateria e passistas, estavam em produção na Maximus”, informou o jornal.
O prefeito Eduardo Paes anunciou que as três escolas mais afetadas – Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu – não serão rebaixadas neste Carnaval, mesmo que não consigam desfilar. “Independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas. Havendo possibilidade de desfilar, elas serão consideradas hors concours”, afirmou Paes. O vice-prefeito Eduardo Cavaliere está acompanhando a situação, enquanto equipes de saúde estão de prontidão nos hospitais municipais Souza Aguiar e Evandro Freire para atender possíveis vítimas.
A LigaRJ, que representa as escolas da Série Ouro, convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir soluções e minimizar os prejuízos causados pelo incêndio. “O impacto deste incidente atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida”, afirmou a entidade, reafirmando seu apoio às agremiações afetadas. O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades.
Escolas do Grupo Especial também se manifestaram sobre o ocorrido, prestando solidariedade às co-irmãs afetadas pelo incêndio.