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Entre dejetos e moscas, moradores da rua São João, no Alemão, denunciam esgoto a céu aberto

Quem vive na localidade, precisa encarar diariamente o mau cheiro e o risco de propagação de doenças

Foto: Reprodução

Dentro dos limites que definem a qualidade de vida de um cidadão brasileiro, o saneamento básico figura-se entre os principais índices a respeito do tema. Mas, quando o assunto é relacionado às periferias do país, tal indicador é um fator ignorado pelas políticas públicas da gestão municipal de cada região. É o que revela a situação vivenciada pelos moradores da Rua São João, localizada no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Com um esgoto a céu aberto na frente das residências, moradores encaram diariamente o mau cheiro e o risco de propagação de doenças pelos dejetos ali presentes. De acordo com as informações, a condição da comunidade é frequentemente relatada para a prefeitura Municipal, mas sem qualquer tipo de mudança no cenário.

O esgoto a céu aberto atravessa a rua e faz vizinhança com residências no local. Foto: Reprodução.


“É um desrespeito e violência contra nós. As crianças já estão tossindo e com o nariz escorrendo, um monte de mosca no local e a gente tem que andar pelo caminho todo dia”, desabafa uma moradora do local que teve a identidade preservada.

Questionada sobre a situação vivenciada pelo bairro, a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro não retornou até o fechamento da matéria.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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