‘É sempre o morador e não fazem nada’; família de jardineiro morto em operação policial na Penha pede justiça

Velório aconteceu no último sábado (25)
Foto: Reprodução

A família do jardineiro Carlos André Vasconcelos da Silva, de 35 anos, está desolada e clama por justiça. O morador da Penha, Zona Norte do Rio, foi atingido por um tiro nas costas enquanto tomava café próximo ao BRT da Penha na manhã da última sexta-feira (24).

O corpo do morador foi velado no último sábado (25) com muita emoção e questionamentos da família. “É sempre o morador e não fazem nada”, clamou a esposa de Carlos, Suelem Gomes da Silva e Silva, que além de ter que lidar com a perda do marido, também está tratando uma suspeita de câncer de mama.

Carlos foi atingido por volta de 4h da manhã. “Um vizinho foi lá me chamar e falou que ele estava baleado. Eu desci com a minha prima e veio a notícia que ele estava morto. A gente nunca pensa que vai acontecer com a gente. O tiroteio começou por volta das 3h30, mas estava distante”, conta a esposa do jardineiro, que completa: “A gente não tem segurança. Quem era para proteger, não protege”.

Familiares contam que ele tinha muitos planos para o futuro, todos interrompidos pela violência. A família, que até agora não recebeu nenhum tipo de apoio do Estado, cobra respostas e pede Justiça.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que instaurou procedimento para apurar os casos de vítimas socorridas por populares.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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