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Desconectados: falta de sinal no Complexo da Penha dificulta rotina de moradores

A região convive com a incerteza nos serviços oferecidos por operadoras de telefone

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

“Quem tem sinal liga ou manda mensagem pelo outro”, explica Júlia Oliveira enquanto reinicia o celular em mais uma tentativa de recuperar a rede do telefone. Tal frase e cenário contextualizam a situação vivenciada por moradores em alguns pontos do Complexo da Penha, onde a conexão com os dados emitidos pelas operadoras de telefonia não funciona de forma ampla – o que resulta na entrega precária dos serviços contratados. 

Em um mundo cada vez mais conectado através de celulares, e aproveitando dos canais de comunicação e interação inclusos no universo da internet, a frequente desconexão também dificulta a rotina de trabalho de alguns moradores. A desconexão também isola a população periférica em um dos serviços considerados, em 2011, como direito humano pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Para Roberto Vieira, de 52 anos, e que atua na área de manutenção de eletrodomésticos, a dificuldade em fazer contato com seus clientes é um empecilho real na sua renda. Dependendo da operadora, ele explica que é quase impossível entrar em contato. “Aqui, qualquer sinal tem fronteiras. Tenho que dar o meu jeito para contatar para cobrar ou só falar com clientes. Se o chip da pessoa for de uma determinada operadora, só vou conseguir falar com ela quando ela sair da zona que ela mora ou entrar em algum Wi-Fi, que aí mando mensagem pelo WhatsApp”.

Penha

De acordo com as regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a cobertura de serviço de telefonia móvel deve ser de pelo menos 80% da área urbana das sedes dos municípios. Ainda nos direitos definidos pela reguladora, cada operadora de telefonia deve oferecer em seus sites os mapas atualizados dos locais em que os seus sinais funcionam e definir as zonas de sombra – áreas com baixo ou nenhum sinal devido a presença de obstáculos que afetam a comunicação entre o aparelho de celular e a antena. 

A reportagem checou nas plataformas das quatro operadoras mais conhecidas pelos moradores do Complexo da Penha (Claro, Oi, Tim e Vivo). No site da Claro, o mapa de cobertura descreve que o sinal oferecido é bom para internet em smartphone e tablet e indica que é estável o sinal para ligações. Na Oi, a ferramenta indica a presença da cobertura 2G, 3G e 4G na região. A Tim informa que os serviços na região funcionam de forma total. A Vivo oferece apenas o sinal 2G na comunidade. 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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