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Conectando música e educação, Escolinha de MCs é inaugurada na Rocinha; Saiba como se inscrever

O projeto é organizado pelas Brigadas Populares, Associação Cultural Relíquias do Funk e a FAFERJ

Foto: Reprodução/ FAFERJ

No último domingo (20), aconteceu o lançamento da Escolinha de MCs da Rocinha no Espaço Comunal Eliza Pirozi. O projeto retorna em 2021 com objetivo de formar mais moradores da comunidade no ramo do funk, gênero que está bombando na atualidade.

O funk é o ritmo musical símbolo máximo das favelas do Rio. Além disso, tem mudado a realidade social de muitos que estão dentro da música e vivem dela. “É o ritmo da diáspora, que se pode chamar de África carioca. O tamborzão é a batida eletrônica do tambor ancestral, acima do bem e do mal”. Essas são algumas das definições que foram contextualizadas pelo professor Gabriel Siqueira da Federação de Favelas do Estado do Rio, durante a aula inaugural da Escolinha Mc’s da Rocinha

“A Escola de MCs da Rocinha é um projeto antigo que estamos construindo com três organizações: As Brigadas Populares, a Associação Cultural Relíquias do Funk e a FAFERJ. Iremos disputar a juventude negra e favelada a partir da cultura funk. As turmas são semestrais e, além de aulas de rima, os alunos também vão aprender sobre produção musical (DJ’s) e cultural. Teremos além disso, aulas sobre História da Cultura e Música Negra formando futuros profissionais e cidadãos conscientes e conectados com a realidade da favela”, complementou Gabriel Siqueira, professor de História, Coordenação das Brigadas Populares, Diretor da FAFERJ.

A aula inaugural contou também com a presença do professor de mixagem e masterização @dj.darth, a professora de rima @vitaldevenus , a deputada estadual de MG @andreiadejesuus e @mcgildoandarai.
Foto: Reprodução/ FAFERJ

A Coordenadora do projeto Michelle Tinoco falou um pouco sobre essa nova turma da escola de Mcs. “Ano passado tivemos muito esta experiência voltada para o funk, e trazendo muito a pandemia como tema das letras, e como a pandemia impacta a vida dos favelados. Então, trouxemos temáticas como desemprego e violência policial. Num momento em que se precisava de mais testes e vacinas, se chegou violência. Como produto nós fizemos um clipe no final do ano passado que expressa bem o que viemos discutindo naquele ano. Neste ano, iniciamos com uma turma com mais de experiência, mais professores (…) e ampliando mais os gêneros musicais como o rap”, comentou a coordenadora.

A escolinha é uma parceria com as Brigadas Populares.
Foto: Reprodução/ FAFERJ

No ano passado, a maioria dos Mcs eram da Rocinha. Porém, neste ano, moradores de outras favelas de bairros de frente chegaram no projeto. O maior objetivo da escolinha é mostrar através da arte que existem coisas muito boas na favela além dos estereótipos.

As inscrições estão abertas, as vagas são limitadas e podem ser feitas através deste link ou no local. O curso é gratuito e tem duração de 6 meses. Mas existe uma taxa simbólica de matrícula no valor de R$20,00. As aulas acontecem aos sábados das 16h às 18h, na rua Casa da paz, na Rocinha. Para mais informações, basta entrar em contato com o número no WhatsApp (21) 982060389 ou acessar às redes sociais.

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EDITORIAS

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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