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Caso Marielle e Anderson: júri popular de acusados começa hoje (30)

Além dos réus, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, serão escutados familiares de Marielle e familiares de Anderson Gomes

Começa nesta quarta-feira (30), a partir das 9h, o júri popular dos ex policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinarem Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. O julgamento, que acontecerá no 4º Tribunal do Júri, na Região Central do Rio de Janeiro, já é considerado um marco histórico para o país e será acompanhado pela imprensa brasileira e estrangeira, além de ativistas sociais e políticos.

Nesta primeira semana de júri, serão escutados sete testemunhas, entre elas a mãe de Marielle, Marinete da Silva; a viúva da vereadora, Mônica Benício; a viúva de Anderson Gomes, Ágatha Reis; a única sobrevivente do atentado, Fernanda Chaves; uma perita criminal; e dois policiais civis.

Atualmente, Ronnie Lessa, um dos acusados, está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, e Élcio Queiroz, o segundo acusado de envolvimento no crime, está no presídio da Papuda, em Brasília. Ambos irão prestar depoimento, mas por videoconferência.

O júri popular é composto por sete cidadãos que não possuem graduação em Direito e que devem decidir, juntos, pela condenação ou absolvição dos acusados. Depois, em caso de condenação, o juiz do caso estabelecerá a pena que cada réu deve cumprir, com base nos crimes e nas especificidades. O Instituto Marielle Franco preparou uma programação especial para a cobertura do júri e todo o julgamento será transmitido ao vivo pelo canal do youtube do Instituto.

Relembre o caso

As vítimas Marielle Franco e Anderson Gomes foram brutalmente assassinados no dia 14 de janeiro de 2018. O atentado foi planejado e executado através de disparos de uma arma de uso restrito, reforçando as suspeitas de pessoas ligadas às forças de segurança.

Marielle era uma voz ativa na defesa dos direitos humanos e tinha o costume de denunciar abusos policiais. Ela atuava em áreas controladas por milicianos, a quem denunciava rotineiramente na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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