Texto: Ygor Pinheiro
No decorrer dos últimos anos, a produção artística negra tem sido cada vez mais percebida como algo extremamente plural. Para além da dança e da música, há toda uma variedade de sentimentos sendo expressada por meio de outras formas de arte. Reconhecer isso faz parte do longo processo de humanização do negro em na sociedade brasileira, mostrando que, assim como qualquer outro(a), ele também pode transmitir sua mensagem para o mundo da forma como quiser.
Uma das formas de expressão da negritude – por meio da arte – que tem ganhado mais visibilidade nos últimos anos são as artes cênicas e a peça ‘Encruzilhada Feminina’ são ótimos exemplos. Com texto de Cynthia Rachel Esperança, o espetáculo trata sobre as rotineiras violências que mulheres negras brasileiras vivem. A encenação é composta por sete atos, que representam diferentes momentos vivenciados por mulheres negras, demonstrando as situações dramáticas que estas encaram diariamente e a leveza com que lidam com isso.
A peça, que terminou 2018 sendo desrespeitada pela Câmara Municipal do Rio, estreia em 2019 com uma apresentação na Casa das Pretas (Rua dos Inválidos, 122, Lapa), nesta sexta-feira (25), a partir das 19h30. Os ingressos solidários – para quem levar papel higiênico, papel toalha, absorventes ou creme dental – custa R$ 5,00.
Yuri Marçal está bombando nas redes sociais e também nas casas de humor por todo o país. Aos 25 anos, o humorista descobriu seu diferencial através do cunho social que suas piadas e brincadeiras carregam, defendendo as causas negras e a LGBT. Carioca e dono de vídeos como o “Hétero de Balada”, Yuri volta para sua terra natal com seu show solo, o ‘Acendam as Luzes’, que já esgotou uma sessão de um teatro com capacidade para mais de 500 pessoas.
Mas, calma, neste sábado (26) acontecerá uma sessão extra do stand-up, no Theatro Bangu Shopping (Rua Fonseca, 240), a partir das 20h. Os ingressos mais baratos estão custando R$ 20,00.
Já no domingo (27), é a vez da comédia musical ‘Favela 2: A gente não desiste!’ subir aos palcos. Idealizado por Rômulo Rodrigues e Márcio Vieira, a peça tem como objetivo tratar a favela como qualquer outro lugar que, além das manchetes de violência divulgadas todos os dias pela imprensa, têm muitas outras histórias para contar. A peça aborda religião, amor, hipocrisia, violência e também o tráfico de drogas. O destaque fica por conta da trilha sonora, que é composta por músicas de autoria do sambista Xande de Pilares e foram feitas exclusivamente para o musical.
O espetáculo acontece no teatro Carlos Gomes (Praça Tiradentes s/n°), a partir das 18h, e os ingressos saem por R$ 15,00 para quem estiver na lista amiga. É só enviar os nomes para o e-mail [email protected].