No dia 16 de agosto, fiquei mais velho. Por coincidência, o Voz das Comunidades também fez aniversário, um dia antes. Por mais um encaixe do destino, hoje tenho o dobro da idade do Voz. Eu completei 22 anos, e o jornal, 11. A cada ano que passa, meu aniversário, além de me levar a agradecer profundamente por mais um ano feliz, me traz uma série de reflexões.
Muita coisa muda em um ano, e não há evidência melhor para constatar esse fato do que os rostos que nos desejam feliz aniversário. De pessoas que no ano anterior não fazíamos ideia de que conheceríamos, ou pessoas que já conhecíamos e não fazíamos ideia da intensidade da aproximação que teríamos com elas um ano depois, recebemos felicitações comoventes. Muitas vezes, também, pessoas de quem um ano antes éramos muito próximos simplesmente não dão as caras. Acontece: são os desencontros naturais da vida. Tem também aquelas pessoas que sabemos que, apesar de não terem falado conosco por algum motivo, onde quer que estejam estão torcendo por nosso sucesso. E claro que nem tudo poderia mudar. A vida é generosa e nos presenteia com bons e velhos amigos que, ano após ano, desde quando a memória alcança e até depois dela começar a falhar, estarão conosco celebrando momentos especiais. Como dizem Dolly Parton e Kenny Rogers, e eu não canso de repetir, “Você não pode fazer velhos amigos. Ou você tem velhos amigos, ou não tem”.
Outro pensamento que me pega em meus aniversários é a retrospectiva do ano que passou. Penso também que estou ficando velho, e me questiono se estou realizando o suficiente. Se fiz o bastante e se dei meu máximo no ano que passou, se poderia ter feito mais, ou melhor. Concluo que sempre podemos fazer mais e melhor do que fizemos, mas não permito que a culpa me persiga, e prometo tentar melhor no ano seguinte.
Uma das grandes novidades na minha vida no último ano foi começar a escrever no Voz das Comunidades. Há um ano, eu não fazia ideia de que estaria aqui hoje. O Voz, também, não sabia que eu estaria aqui esse ano. Aliás, o jornal comemorou seus 11 anos com vídeos de colunistas de todos os lugares do Brasil, muitos dos quais não escreviam aqui no ano anterior. O Voz, como eu, também se renovou no último ano: fez coisas novas, testou novos modelos, ousou, inovou, e continuou fazendo, ainda melhor, o que já faz, agora, há 11 anos.
Renovados com as felicitações e mensagens carinhosas pela passagem dos nossos aniversários, eu e Voz seguimos adiante, rumo aos 23 e 12 anos, respectivamente, nos esforçando para sermos ainda melhores no ano seguinte. Afinal, é sobre isso que são os aniversários: refletir e acumular energia para seguir adiante com ainda mais força. Ano após ano.