A menos de um mês para o início das Olimpíadas do Rio de Janeiro (5/08), a Vila Olímpica Carlos Castilho precisou suspender as atividades por falta de repasse de verbas. As aulas foram interrompidas no último dia 5/07. Os portões continuam abertos à visitação e ao lazer, mas por falta de estruturas como limpeza, manutenção de equipamentos e instalações, as atividades não puderam continuar. Falta de copo à resma de papel.
Cerca de 50 pessoas compõem o quadro de funcionários, entre professores, seguranças e limpeza, e todos estão sem receber desde maio. A conservação do local está sendo feita de forma comunitária, com recursos próprios, mas nada que dê pra sustentar um complexo esportivo. Cerca de mil pessoas frequentam a Vila diariamente e 2.293 alunos divididos por 30 modalidades, entre todas as idades, estão sem aulas. Ainda não se tem um prazo para o retorno das atividades.
Foto: Bento Fabio
O quadro não é novo, a ONG Movimento Cultural Social (MSC) que é intermediária entre a Prefeitura e as Vilas olímpicas (Alemão, Padre Miguel, Gamboa e Deodoro) e responsável pelo repasse de verba, já atrasou o pagamento dos funcionários esse ano. E o material que chegava não era suficiente para manter as aulas. O corte do lanche aconteceu em janeiro, por exemplo. A segurança da vila está sendo revezada por 5 seguranças em turnos diferentes.
O jornal Voz da Comunidade entrou em contato com a Prefeitura para buscar um posicionamento. Em nota, a Assessoria do Secretário de governo da Prefeitura, Rafael Picciani, disse que a estão sendo tomadas providências para que a Organização Social (OS) regularize o pagamento dos funcionários para normalizar as atividades da Vila Olímpica.