Líder em acusações de corrupção chora em depoimento de renuncia quando fala da sua mulher e filha que são investigadas na Lava-Jato
Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados pelo Superior Tribunal Federal, renunciou ao cargo no início da tarde desta quinta-feira (7).
A notícia foi o bafão da tarde de Brasília e dos noticiários de política de todo o país. Apesar de uma galera já estar cantando essa pedra de que ele ia pedir pra sair, ninguém esperava que fosse como foi.
É que Cunha tinha fama de brabão e marrento, por causa das alianças baseadas em acordos sujos que ele fazia lá em Brasília. Só que no discurso de renúncia ele quase chorou quando falou da “perseguição” que a justiça estava fazendo com a sua família (A mulher e a filha de Eduardo Cunha também são investigadas na Operação Lava-Jato).
A fofoca dos corredores de Brasília é que Eduardo Cunha fez um acordo com os outros engravatados (políticos). Ele renunciaria e os coleguinhas não votavam para ele perder o mandato e o foro privilegiado (o que dificulta que políticos sejam presos).
Com isso, o presidente substituto Waldir Maranhão (PP-MA) vai marcar uma nova eleição que deve acontecer segunda ou terça-feira da semana que vem.
Este foi mais um capítulo da novela Eduardo Cunha. Ainda tem o processo de cassação do mandato dele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode fazer com que a decisão volte para o Conselho de Ética para ser votado de novo.
No mais? Senta que lá vem treta.