Normalmente, escutamos a palavra sexualidade acompanhada por “use camisinha” ou coisas do tipo, mas na verdade, o conceito de sexualidade é muito mais amplo e não tem uma definição única e absoluta. Gosto de pensar a sexualidade como uma expressão do sujeito com o mundo, não apenas como ato sexual, mas sim, a forma como você manifesta afeto consigo e com o outro.
Constantemente vemos as pessoas confundirem gênero com sexualidade e acho importante apontarmos essa diferença. Gênero é como a pessoa se identifica, pode ser com o gênero masculino, feminino ou indefinido. Não falamos aqui de uma ciência exata, da biologia do ser humano, mas da relação da pessoa com o seu corpo. Quando olho para o meu corpo, eu me identifico com o que vejo? Não é porque o meu corpo biológico é masculino que irei me identificar como homem, posso perfeitamente me sentir como uma mulher e isso não é problema algum. Para aqueles que não se sentem como homem e nem mulher, ou ambos os gêneros, temos o termo indefinido ou fluído. Ele pode ser usado quando ainda não definimos nosso gênero ou quando não nos encaixamos no masculino ou feminino.
E se gênero é como me vejo, sexualidade é como me relaciono. Não existe um número certo de combinações, posso ser do gênero masculino e me relacionar sexualmente com homens, mulheres, indefinidos. Normalmente as pessoas se auto definem como heterossexuais quando sentem atração por pessoas do gênero oposto, homossexuais quando a atração é direcionada a pessoas do mesmo gênero ou bissexuais quando dos dois gêneros.
Somos seres muito mais amplos e diversos, nossas diferenças fazem com que sejam múltiplos em nossas formas de se expressar. E para além de ficar definindo conceitos, sexualidade cada um tem a sua e o que acontece entre quatro paredes fica lá, certo?