O MPL (Movimento Passe Livre) realizou nesta sexta-feira (8) uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em Belo Horizonte. O protesto deu início às 19h na Praça Sete, centro da Grande BH. A tarifa foi reajustada pela terceira vez nos últimos 12 meses, seu valor atual é R$ 3,70. Na página do Facebook do MPL, mais de 4.000 pessoas confirmaram presença no protesto. Também ocorreram protestos em São Paulo e Rio de Janeiro.
Enquanto os manifestantes estavam chegando a Praça Sete, entrevistamos Edneia Aparecida de Sousa de 53 anos, moradora do Conjunto Taquaril, na zona leste do município de Belo Horizonte. “Eu tenho 52 anos, sofri dois enfartes e não consigo mais um emprego formal. Ou seja, eu não vou ter um patrão pagando o vale transporte e descontando 6% do meu salário. Sobrevivo do que eu produzo e eu tenho que descer pra vender se eu quiser sobreviver. A mercadoria que eu vendo é pouca e fica mais que a metade no valor do transporte. Aumentou a passagem, diminuiu a comida na minha casa.” Contou Edneia ao Voz da Comunidade, indignada com o preço atual do transporte público.
Segundo ela, as pessoas se importam com o preço da passagem, mas a parcela majoritária não se envolve com o protesto. O motivo principal é o vandalismo que ocorreu nas últimas manifestações, outro motivo é reajuste consecutivo em apenas 12 meses.
Os manifestantes criaram gritos de guerra contra o aumento da passagem, contra a PM e os políticos de Minas Gerais. A manifestação seguiu nas principais avenidas do centro da capital mineira até na zona sul e foi encerrada às 21h retornando para a Avenida Afonso Pena, no centro. Foi uma manifestação pacífica do início ao fim.
Sobre o autor:
Me chamo Gabrielly Coelho, sou mineira e tenho 17 anos. Estudante apaixonada por jornalismo e colunista do portal Voz das Comunidades.
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