Vem aí a 2ª edição do festival DoLadoDeCá reunindo 18 tradicionais times da história do futebol da várzea da cidade de São Paulo. O torneio além de jogos traz: poesia, música e geração de renda para a beira do campo das comunidades de Paraisópolis e Pirituba nos dias 28 de novembro e 05 de dezembro.
O objetivo do evento é fortalecer a cultura periférica “para” e “entre” as comunidades de São Paulo no mês da Consciência Negra, a Rede DoLadodeCá especializada em pesquisas de mercado e atualização de marcas junto às classes populares por meio do Negócio Social, promove a 2ª edição do festival, onde confirma o seu compromisso em destacar o futebol, que é um dos pilares da cultura da periferia.
A novidade esse ano é que também acontecerá um torneio de futebol de várzea feminino onde duas das principais equipes da categoria se enfrentam, o Nove de Julho da Casa Verde Alta, Zona Norte, e CDC Jardim Ibirapuera, zona sul, no dia 05/12, às 11h30 da manhã no campo do Palmeirinha na Comunidade de Paraisópolis. O principal foco da partida é destacar, não só o crescimento, mas também a importância da mulher na modalidade esportiva até então dominada pelos homens.
Para Carlos Canu, diretor da Rede DoLadodeCá, a tradição do futebol de várzea está ligada diretamente às opções de lazer na periferia.
Ao final de cada dia do jogo festa, o festival contará com shows de samba de Cris Sotto, cantor e compositor com 28 anos no samba e Nego Branco, a revelação do samba e pagode de São Paulo.
Os times participantes receberão troféus e placas de participação, já as torcidas participarão de sorteios concorrendo a bandeirões e desafios durante o intervalo dos jogos. A expectativa é de atrair em torno de cinco mil pessoas em cada dia de festa.
O evento também homenageará a “Madrinha da Periferia”, Tatiana Ivanovic, nome que ganhou carinhosamente nas comunidades do Brasil. A mentora da Rede DoLadodeCá, faleceu no dia 10 de junho deste ano, aos 36 anos vítima de um câncer do pâncreas. Tati nasceu na periferia de São Paulo e se tornou exemplo de luta e superação em todas as comunidades do Brasil.
Me chamo Cléber Cunha, tenho 36 anos e sou formado em Jornalismo pela FAPCOM. Moro no Parque Peruche, bairro da zona norte de SAMPA.