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Meu bairro, minha quebrada

Meu nome é Cléber Cunha, tenho 36 anos e sou formado em Jornalismo pela FAPCOM. Moro no Parque Peruche, bairro da zona norte de SAMPA.

O bairro completou 80 anos em 2015. Nasceu em 1935, a origem do nome vem do médico Francisco de Paula Peruche, que comprou um terreno na área do antigo Sítio do Mandaqui e desde aquela época passou a se chamar Parque Peruche.

Trata-se de um bairro de origem operária e que já teve moradores ilustres como Eder Jofre (bi-campeão mundial), Oripes dos Santos (campeão sul-americano de boxe), Adhemar Ferreira da Silva (bi-campeão olímpico), Alex Ribeiro (jornalista e autor do livro “Caso Escola Base” – os abusos da imprensa), Márcio Michalczuk Marcelino (geógrafo formado pela USP e escritor premiado) e os juristas Ivan César Ribeiro e Wladimir Antônio Ribeiro.

Durante os anos de 1980 e meados de 1990, foi um dos bairros mais perigosos da zona norte, a ponto de taxista se recusarem a levar moradores daquela região após um certo horário.

O Peruche também é palco de uma das mais tradicionais escolas de samba de São Paulo: a Unidos Do Peruche, que volta ao grupo especial do carnaval Paulistano em 2016.

Em 1982 foi fundado o Movimento Pela Construção do Parque Público do Parque Peruche, na área ambiental conhecida como Chácara Niazi, um remanescente verde na região. Inclusive já existe um DUP – Decreto de Utilidade Pública reservando essa área para um parque municipal. Agora só dependemos da verba e vontade política para esses dois direitos da comunidade: Cultura e Lazer.


Cleber CunhaMe chamo Cléber Cunha, tenho 36 anos e sou formado em Jornalismo pela FAPCOM. Moro no Parque Peruche, bairro da zona norte de SAMPA.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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