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Júri popular de PM acusado pela morte de Agatha Félix começa nesta sexta (8)

A menina foi baleada há 5 anos atrás enquanto enquanto voltava para casa com a mãe, no Complexo do Alemão.
Foto: Reprodução

Após 1.145 dias da morte da pequena Ágatha Félix, de 8 anos, finalmente o PM Rodrigo José de Matos Soares, acusado pelo homicídio qualificado da menina, vai a júri popular nesta sexta-feira (8). A menina foi atingida nas costas enquanto voltava para casa com a mãe, dentro de uma kombi, há cinco anos atrás no Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio. 

Em dezembro de 2019, o PM foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por homicídio qualificado. Mesmo o caso ter acontecido há cinco anos atrás, o processo só começou a ser julgado em 2022. Em abril de 2024 o júri popular foi confirmado.

A defesa do policial acusado chegou a entrar com um recurso para impedir o júri popular em setembro do ano passado, mas de acordo com o desembargador Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira o processo deveria seguir. “Estando a prova convincente de materialidade do fato e existindo indícios suficientes de autoria e de participação do recorrente do crime, mostra-se a instrução em Plenária necessária para que os jurados possam avaliar os fatos de maneira a formar juízo de certeza necessário a absolvição, condenação ou mesmo desclassificação”, diz o despacho do juiz da Sexta Câmara Criminal.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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