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Versão brasileira de ‘Ritmo + Flow’, ‘Nova Cena’ estreia dia 12 de novembro; Djonga, Ret e Tasha & Tracie serão os jurados

Nesta temporada, os jurados buscam talentos da cena de rap de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo
Foto: Divulgação / Netflix
Foto: Divulgação / Netflix

O primeiro reality musical brasileiro da Netflix acaba de ganhar trailer e pôster que dão uma amostra do que esperar da competição entre 18 participantes que consagrará o novo nome de destaque do rap nacional. ‘Nova Cena’ é a versão nacional do formato estadunidense ‘Ritmo + Flow’, que revela a evolução artística dos participantes e quem leva para a casa R$ 500 mil para deslanchar sua carreira, além da participação especial na 5ª temporada de Sintonia. O júri é composto pelos artistas Djonga, de Belo Horizonte, Filipe Ret, do Rio de Janeiro, e a dupla de irmãs Tasha & Tracie, de São Paulo.

A parte 1, com quatro episódios, chega ao catálogo em 12 de novembro. A parte 2, com os dois episódios finais, estreia em 19 de novembro. Seguindo as versões americana, francesa e italiana, as gravações do reality ocorreram nas três cidades de origem dos jurados, passando por regiões que contribuíram para suas carreiras: Viaduto Santa Tereza (BH), Tavares Bastos e Lapa (RJ) e Cidade Tiradentes (SP).

O programa ainda conta com 20 artistas da cena nacional como convidados especiais: Azzy, Bob13, Dallas, Dexter, Ebony, FBC, Iza Sabino, Jottapê, Karol Conká, KL JAY, Laudz, Marcelo D2, Maru2D, MC Luanna, Negra Li, N.I.N.A, Sidoka, Vulgo FK, WIU e Zegon. Todos, de alguma forma, contribuem para o desenvolvimento artístico da nova safra de rappers que participam da disputa.

Conheça os competidores:

Afrodite BXD – Rio de Janeiro
Afrodite é uma artista da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, cuja trajetória reflete a realidade de muitas mulheres da periferia. A música entrou em sua vida como um refúgio em tempos difíceis. Através dos slams, Afrodite começou a fazer poesia. Mas foi ao ver uma jovem na batalha se transformar em uma gigante com a potência da sua voz que decidiu o caminho que queria seguir. Ela começou a compor e gravar suas músicas, conquistando a atenção do público. Hoje, além de desenvolver seu trabalho solo, compõe para outros artistas e vive da música.

CafieroBelo Horizonte
Cafiero é natural de Belo Horizonte e, na infância, morou com sua avó – que exerceu uma forte influência em sua formação musical. Um tio lhe apresentou as batalhas de rima e ele, rapidamente, se encantou. Naquela época, assistia às batalhas escondido com o tio e começou a escrever rimas na escola. Com o tempo, ganhou coragem e decidiu participar das competições. O principal estilo de suas produções é o trap, embora se inspire em artistas de diversos gêneros. Cafiero sonha em viver da música.

COLD JASRio de Janeiro
COLD JAS nasceu em Angola e se mudou para o Brasil aos 16 anos, após viver uma guerra civil. Desde os 12 anos, vivia imersa na cultura do rap e do afrobeat, mesmo ciente da falta de apoio e espaço em um país conservador. No Brasil, estudou em um colégio de freiras em Sorocaba e, posteriormente, cursou Engenharia da Computação no Rio de Janeiro. No entanto, a arte chamou sua atenção após algumas experiências como figurante. Como atriz, participou do filme Medida Provisória, convidada por Lázaro Ramos. COLD JAS foi escolhido por refletir sua frieza e surgiu enquanto ela fazia um curso de artes em Nova York, onde teve a oportunidade de rimar sobre batidas afro.

FúriaSão Paulo
Gustavo, vulgo Fúria na Voz, é natural de Jundiaí, São Paulo. Ele cresceu em um ambiente familiar repleto de música, especialmente samba. Há alguns anos, mudou-se para a capital paulista para investir na sua carreira, participando das principais batalhas de rap da cidade.

GabrelúSão Paulo
Gabrelú cresceu no interior de São Paulo e teve seu primeiro contato com a arte em um centro cultural na cidade de Votorantim. Sonhava em atuar e dedicou-se intensamente aos estudos das artes cênicas. Cursou Cinema, onde descobriu a cena musical, que despertou sua vontade de compor suas próprias canções. Em 2023, lançou seu primeiro álbum. Como pessoa trans não binária, Gabrelú percebe a falta de espaço na cena musical.

GuiuRio de Janeiro
Guiu nasceu em Teresópolis, Rio de Janeiro, e mora em uma comunidade local. Desde a adolescência escreve poesias e começou nas batalhas de rua após um primo o inscrever de forma inesperada. Depois de perder sua primeira batalha, Guiu decidiu que não queria mais experimentar a derrota e se dedicou intensamente ao seu desenvolvimento. Hoje ele é um dos grandes campeões de sua cidade, destacando-se no cenário das batalhas.

JumpRio de Janeiro
Jump ganhou esse nome devido ao seu passado no atletismo. A prática do salto em distância o afastou do mundo da criminalidade e rendeu até uma bolsa na faculdade. Criado pelos padrinhos, ele perdeu o pai e outros familiares muito cedo. Apesar de sua dedicação ao esporte, a arte sempre ganhou seu coração. Foi na igreja evangélica que ele descobriu sua paixão por cantar e nas batalhas de rima que começou a se expressar de maneira mais autêntica.

MajuBelo Horizonte
Maju mora em Ouro Preto, mas nasceu na cidade de Mariana. Desde pequena, foi influenciada pela música, especialmente pelo seu pai, que tocava violão em casa e promovia rodas de samba e MPB. Hoje, ele continua sendo um dos seus maiores incentivadores. Estudante de Filosofia, foi durante a pandemia que realizou suas primeiras produções. Hoje vive de editais de incentivo à cultura e produz uma festa em sua cidade que movimenta a cena urbana local.

Maria PretaSão Paulo
Maria Preta nasceu e foi criada na zona leste de São Paulo, em Poá. Após sair de casa, mergulhou em ocupações culturais e fez mochilão até o nascimento de sua filha, Solara Madalena. Embora ainda não viva apenas da música, considera-se uma artista em constante evolução.

MayronZZZBelo Horizonte
Mayron é natural de Paraisópolis, no interior de Minas Gerais. Ele é o filho do meio de uma família humilde, mas muito unida. Seu pai, paulista, sempre ouviu Racionais MC’s. As batalhas de Emicida e Rashid despertaram seu interesse pelo rap e pelas rimas. Agora, com um estúdio montado em seu quarto, Mayron produz suas próprias músicas e sonha em brilhar no cenário nacional.

Muse MayaRio de Janeiro
Joana, vulgo Muse Maya, é de Maricá, no interior do Rio de Janeiro. Aos 18 anos, mudou-se para a capital para estudar teatro e, ao mesmo tempo, iniciou sua carreira na música. Seu interesse pelo rap surgiu por meio do amigo Sol. Ela utiliza seus sentimentos e experiências pessoais como fonte de inspiração para seu trabalho. Suas principais influências incluem rap, trap, pop, jazz e R&B. Seu objetivo é ser reconhecida pelo seu talento e pelo impacto de sua música.

MuximaRio de Janeiro
Gustavo Toledo, conhecido como Muxima, é natural de Juiz de Fora, Minas Gerais, e tem quatro irmãos, incluindo um gêmeo bivitelino. Sua família segue religiões de matrizes africanas, e ele cresceu imerso nas referências dos batuques de terreiro. Por muito tempo, lutou contra a vergonha da gagueira e se refugiou na escrita, acreditando que cantar nunca seria uma realidade para ele, até descobrir as batalhas de rima. Hoje, Muxima sonha em ganhar o mundo e transformar a realidade à sua volta por meio de suas músicas.

NovakBelo Horizonte
Novak nasceu, cresceu e vive na periferia de Belo Horizonte. Desde cedo, esteve muito perto do crime, mas nunca se envolveu graças ao hip-hop. Frequentador de batalhas de rima desde pequeno, começou a criar suas próprias composições e a se apresentar nas competições. Com o tempo, ganhou notoriedade na cena musical de Minas. Hoje, além de suas apresentações, trabalha no estúdio que construiu na associação de sua comunidade.

OGCapituBelo Horizonte
Fabiana, vulgo OG Capitu, é uma trapper natural de Belo Horizonte. “OG” significa “original gostosa”, já “Capitu” é uma referência à personagem de Machado de Assis. Ela está na cena do rap há 7 anos, tendo começado sua trajetória no grafite e dançando breaking. Durante esse período, desenvolveu um projeto de rap na igreja, onde sempre escreveu poesias. Após deixar a igreja, encontrou seu lugar no slam e se apaixonou ainda mais pela poesia urbana. A experiência de conhecer a cultura hip-hop nas ruas a fez enxergar-se como parte desse movimento e a ajudou a compreender muito sobre si mesma. Em 2018, com a ajuda de um amigo, lançou seu primeiro trap, dando início à carreira como OG Capitu. Seu maior objetivo é ter recursos para produzir seus trabalhos com total liberdade criativa e dar mais visibilidade para as mulheres no rap.

RasSão Paulo
Ras é um rapper de Piracicaba, interior de São Paulo. Sua família tem diversas referências musicais: seus avós são da igreja e sempre ouviram música gospel, seus primos apreciam pagode, e seus tios tocam violino e violoncelo. Desde cedo, Raz desenvolveu um gosto pela música, mas foi no rap que realmente se encontrou – apesar da resistência inicial de sua mãe, que nem sempre entendia as letras e seu contexto. Seu maior desejo é viver de sua arte e sustentar-se por meio do rap.

RT MalloneBelo Horizonte
Vitor, vulgo RT Mallone, faz rap desde 2012, quando começou a participar de batalhas de rima. Sempre teve uma afinidade com o palco e a música, mas foi no rap que encontrou a oportunidade de ser autêntico e expressar suas vivências. Seu interesse pela música começou na igreja, onde sua mãe é pastora. Com três álbuns lançados, sua faixa mais ouvida já ultrapassou 1 milhão de streams. Ele tem colaborações com Bivolt e Santi, além de contar com Well e AKILLA em seu círculo de amizades.

RUI’fSão Paulo
RUI’f nasceu na Brasilândia, passou pela Vila Prudente, onde viveu a adolescência, e hoje mora no Sacomã. Sempre se dedicou aos estudos, preparando-se para quando surgisse uma oportunidade. Embora sempre tenha estado conectado à música, não imaginava que esse seria seu caminho. Tudo mudou quando um amigo o convidou a se apresentar, momento em que sentiu sua vida ganhar novas cores. Desde então, RUI’f tem produzido suas próprias músicas e subido degrau por degrau em sua trajetória.

VICKIVISão Paulo
VICKVI nasceu em Guarulhos, São Paulo. Seu interesse pela música começou durante o auge da pandemia, quando mergulhou na produção musical de forma independente, com foco especial no rap. Na infância, VICKVI encontrou inspiração musical em seu irmão e em seu avô, ambos sempre envolvidos com as canções regionais de Pernambuco. Essa herança cultural e familiar influenciou seu caminho na música, que ela vem trilhando com dedicação e paixão.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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