A Gastromotiva que é paralelo ao G20, visa promover o intercâmbio e fortalecimento de lideranças comunitárias e empreendedores sociais do Brasil e México, além de toda uma rede de cozinheiros, e evidenciar a capacidade que as cozinhas têm de transformar e desenvolver territórios. Com esse objetivo, ocorre o “Encontro Comunidade Gastromotiva – A Cozinha como Polo Transformador de Territórios”, que começou no dia 2 e vai até o dia 4 de setembro, no Rio de Janeiro.
O terceiro encontro da Jornada Agentes Transformadores foi marcado pela subida ao Morro do Vidigal, no espaço Casa Voz, Zona Sul do Rio. A programação aconteceu dentro da favela, contou com Café da Manhã, Cozinha que Transforma, almoço da Chef Rafa Antunes no espaço Cozinha Arrocha, Workshop Desenvolvimento Comunitário no modelo Replicabilidade Gastromotiva, Intervalo e Jantar Experiência Gastronômica na Rede Gastromotiva.
O projeto Gastromotiva mostra sua importância para a soberania alimentar na fala do coofundador da iniciativa: “A gente trabalha promovendo a gastronomia social já há 20 anos por todo o Brasil e pela América Latina. E hoje, a gente vem lançar uma rede de aliados e cozinheiros sociais que estão sendo formando agentes locais de transformação pela lente da alimentação. Os vínculos com os cozinheiros sociais, eles estão pelo Brasil todo e a gente desenvolve um trabalho há quatro anos, desde a pandemia, de entregar quentinhas e agora a gente está trazendo aqui outras oportunidades de fazer horta urbana, de fazer uma parte de desenvolvimento comunitário, hortas urbanas e tudo que a cozinha pode fazer para um território. E o encontro dos aliados são pessoas e organizações que querem levar a metodologia da Gastromotiva para os seus territórios”, David Herz, cofundador da Gastromotiva e Reffetorio Gastromotiva.
“O objetivo desse evento é fomentar e o debate, trazer para o centro da discussão a cozinha como polo transformador de territórios e no momento em que a pauta do G20, a erradicação de pobreza, a gente entendeu que seria importantíssimo fazer uma jornada dentro daqui do Vidigal, que é um território que a gente atua como apoiador em uma cozinha solidária, a cozinha da Rafaela Antunes, já distribuiu aqui mais de 150 mil refeições. Ouvir especialistas do mercado, especialistas da academia, especialistas do poder público, o Rene Silva, para entender como que a gente pode promover esse desenvolvimento territorial ainda mais ampliado, levando em consideração a nossa meta aí na Agenda 2030 de impactar dez milhões de pessoas através da gastronomia social”, afirma Antônio Luiz Ribeiro, atua na gestão de projetos de impacto na Gastromotiva”
O Chef Pará é um cozinheiro social em Manaus, Pará é batizado por nome de José Casemiro Pereira, e conta a experiência de estar no Rio de Janeiro a primeira vez. “Através da Gastromotiva, dessa cozinha social, eles me deram a oportunidade de estar aqui hoje. Nunca imaginava que no alto do morro tinha um espaço desse legal. Só falo de morro, só falo de violência, e a gente ouve pra lá. E a gente chega aqui, tem esses projetos sociais maravilhosos. Aí eu venho, lá do norte do país e encontro com pessoas maravilhosas de todo o lugar do Brasil”, ressalta Pará.
E ele continua dizendo sobre a importância do alimento. O Chef enfatiza a ajuda para pessoas em situação de rua e dependentes químicos que vivem sem nenhuma assistência. “Há 4 anos, através do Gastromotiva, eu posso dar um alimento e trocar uma ideia com essas pessoas. No lançamento, foram 7,5 mil refeições distribuídas no início do projeto, por mês distribuíamos 2 mil refeições, por ano são mais de 20 mil”, conta o cozinheiro social de Manaus.
A programação continua. No dia 4 de setembro, ocorrerá o Fórum: Turistando em uma das Sete Maravilhas do Mundo e Encontro Comunidade Gastromotiva A Cozinha como Polo Transformador de Territórios, acontecerá Reffetorio Gastromotiva no horário pela manhã até à noite.