Há 3 anos atrás, no dia 9 de junho de 2021, Kathlen Romeu, jovem de 24 anos, teve sua vida interrompida por um tiro de fuzil disparado por PMs da UPP (Unidade da Polícia Pacificadora). A jovem caminhava junto com a sua avó quando o tiro a atingiu no tórax. O crime aconteceu no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio de Janeiro. Grávida de 3 meses, Kathlen foi morta no local conhecido como Beco da 14, próximo à Rua Araújo Leitão.
Em 2021, a Polícia Militar sustentou o argumento que os agentes da UPP local teriam reagido a um ataque do crime da região. O discurso, entretanto, foi contestado pelo Ministério Público.
Cinco PMs são acusados de alterar a cena do crime em que Kathlen foi assassinada e respondem na Justiça por fraude processual. Dois deles, os policiais Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano, foram denunciados por homicídio. Os outros três PMs: o capitão Jeanderson Corrêa Sodré, que comandava o grupo, o 3º sargento Rafael Chaves de Oliveira e o cabo Cláudio da Silva Scanfela respondem por falsificar o lugar do crime, para fingir que houve confronto.
Todos os envolvidos na morte de Kathlen Romeu e seu bebê seguem impunes pela Justiça.
Familiares estiveram em Brasília para conversar com autoridades
Na última quarta-feira (5/6), familiares e amigos de Kathlen Romeu, foram em Brasília para se encontrar com autoridades do Governo. A série de reuniões sltibham como objetivo a de busca de apoio para o caso. Além disso, eles pedem solução e justiça pela vida de Kathlen e seu bebê. A família espera que os ministérios do Governo Lula acompanhem o processo judicial. O caso não teve desfecho e segue em demora. O crime teve repercussão internacional e três anos depois, não foi feita a justiça pelas vítimas.
A mãe da Kathlen Romeu, Jacklline Lopes, teve encontro com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco e dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e com representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública. As reuniões foram sendo organizadas pelo deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), vice-lider do governo da Câmara dos Deputados.
“Por que até hoje, quase três anos depois, ninguém foi preso? Por que os policiais foram acusados, mas sequer foram pronunciados pelo crime de homicídio? Por que essa lentidão, tendo em vista tantas provas?” questionam indignados os familiares e amigos da jovem, em carta que foi entregue às autoridades.
Além disso, a mãe de Kathlen, Jacklline Lopes, participou de encontros que reúnem amigos da vítima e o diretor da Federação de Favelas de Favelas (Faferj), Gabriel Siqueira. Eles perguntam o fato dos policiais acusados pelos crimes de homicídio e de fraude seguirem em atividade.
Foi proposto durante a reunião com Ministério de Direitos Humanos, a criação de uma da pasta para encontros com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, e o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.
Ato no Rio de Janeiro:
Neste domingo (9), a partir das 13h, ocorrerá um encontro para fortalecer o memorial de justiça para Kathlen Romeu e seu bebê, no endereço Rua Araújo Leitão, nº 926, no bairro do Complexo do Lins, Zona Norte do Rio de Janeiro. A programação estará com diversas atividades:
13h – Ato Ecumênico
14h – Atividades para crianças
15h30 – Azula
16h30 – Izrra
17h30 – DJ Gab
18h30 – Os Garotin
Para mais informações, acompanhem a página no Instagram @comunidade.black