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Conheça o Pé de Meia, o programa que incentiva a permanência de alunos no Ensino Médio

Estudantes poderão receber bolsa de incentivo à permanência na escola, a partir de março
Foto: Igor Albuquerque / Voz das Comunidades

Segundo a PNAD da Educação, divulgada em 2023, que teve por base os anos de 2020 a 2022, nove milhões de brasileiros entre 14 e 29 anos não terminaram o Ensino Médio. A mesma pesquisa aponta que as taxas de matrícula nessa etapa escolar diminuem a cada ano letivo. 

A exclusão escolar, também conhecida como descolarização, é determinada por marcadores sociais que afetam famílias economicamente mais vulneráveis e impedem a conclusão da educação básica (Ensino Fundamental e Médio). Dados apresentados pela pesquisa divulgada pelo SESI, “Combate à Evasão no Ensino Médio”, apontam que apenas 60,3% dos alunos completam a educação básica até os 24 anos. Entre a população mais empobrecida, o número cai para 46%. 

A evasão escolar atinge 500 mil jovens acima de 16 anos. Entre vários motivos para esse abandono, estão: a dificuldade de acesso à unidade de ensino, precariedade alimentar, descrença na importância da educação, desconexão entre os conteúdos pedagógicos e os interesses dos alunos, gravidez precoce e, a principal (48% dos casos), necessidade de trabalhar para garantir a subsistência.

A fim de garantir a permanência e conclusão do Ensino Médio a alunos em desvantagem social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou o programa “Pé-de-Meia”, que pretende atender 2,5 milhões de jovens e investir R$ 7 bilhões só neste ano. 

Cada aluno receberá o valor total de até R$9.200, através de uma conta aberta no próprio nome, para a sua manutenção em uma unidade escolar, durante todo o Ensino Médio. Ao efetuar a matrícula escolar, o aluno receberá a cota única de R$200,00. Comprovando a assiduidade durante o período letivo, receberá nove parcelas de R$200,00. A cada série em que for aprovado, o estudante garantirá o repasse de R$1.000, que só poderá ser sacado quando concluir o Ensino Médio. Caso realize o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM),  receberá a cota única de R$200,00. Para ter direito a tais incentivos, os alunos precisam cumprir alguns critérios. 

No Ensino Regular:

  • Estar matriculado no Ensino Médio em escola pública;
  • Ser pertencente à família registrada no Cadastro Único (Cadúnico);
  • Ter frequência escolar mínima de 80%;
  • Obter aprovação;
  • Participar dos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e da avaliação externa dos estados e Distrito Federal para o Ensino Médio;
  • Realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Na Educação de Jovens e Adultos (EJA):

  • Ter entre 19 e 24 anos de idade;
  • Pertencer à família inscrita no Cadastro Único (Cadúnico);
  • Participar do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja);
  • Participar do Exame Nacional do Ensino Médio.

O programa será custeado por um fundo constituído pela União, estados, Distrito Federal e municípios, podendo incluir pessoas físicas e jurídicas. Segundo o Ministério da Educação, R$13 bilhões que serão destinados ao programa têm origem no fundo social de venda do petróleo e gás natural, durante o período de 2018 a 2023. 

A expectativa do governo é que o pagamento do primeiro repasse aos alunos cadastrados no programa possa ocorrer a partir de março.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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