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Cinema: Felipe Milhouse fala do filme “A culpa é das estrelas”

A Culpa é Das Estrelas
O filme conta uma historia tocante de amor, aonde o improvável e impossível existem

Fãs do de John Green que originou o filme, irão ficar satisfeitos com a adaptação cinematográfica, extremamente fiel à obra literária. Dois adolescentes, Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort), que se conhecem em um grupo de apoio para jovens com câncer, ou que já sofreram deste mal.

O garoto, que perdeu uma de suas pernas por causa dos tumores, e a menina, cujo estágio avançado da doença lhe tirou a plena capacidade de seus pulmões, logo após o primeiro encontro começa sua historia de amor, amizade e companheirismo.
Um filme cheio de altos e baixos sem ser clichê, com uma poética no nome, a culpa é das estrelas; este nome faz muito sentido ao filme, pois ele é relacionado a uma cena pré ponto alto do filme, eles foram para Amsterdam,conhecer o escritor que HazeL e Gus adoram e em um jantar tomando champanhe, o garçom lhes conta a história da criação do champanhe, a história de Dom Pérignon – o monge cego que acidentalmente fez vinho espumante e chorou, “Venham rápido! Estou bebendo estrelas!”
A mensagem do filme, é sobre ser importante, as vezes achamos que ser famoso, fazer algo grandioso é ser importante. Porém John Green e os roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber, “500 dias com ela” (2009) e “The spectacular now” (2013), conseguem passar a poética do livro, que ser importante é maior, quando alguém se importa com você, está pessoa te traz pra dentro dela (te importa) e a carrega consigo eternamente, independente de quanto tempo foi o convívio com ela, pessoas que amamos levamos pra sempre dentro de nossos corações, essa é a grande mensagem do filme.

Quem assina a direção é Josh Boone, quem tem filme no currículo como “Ligados pelo amor”, o jovem diretor encontrou um material mais rico para fugir da tentação de cair no sentimentalismo em “A culpa é das estrelas”.

A trilha sonora é outro ponto alto do filme, bastante voltada para o folk, Josh Boone foi bem assertivo ao escolher Ed Sheeran, Jake Bugg, Charli XCX, Tom Odell, Birdy e companhia – algumas canções até parecem Bon Iver, banda cuja música esteve no trabalho anterior do diretor (Ligados pelo amor) e também estaria neste, se não tivesse negado seu uso.

No final o objetivo do filme é o de emocionar o maior numero possível de espectadores, sem distinção de gênero, idade, ser leitor ou não da obra original.

Obs: Levem lenço para o cinema, pois o choro é inevitável.

Felipe Milhouse 2014

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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