A Culpa é Das Estrelas
O filme conta uma historia tocante de amor, aonde o improvável e impossível existem
Fãs do de John Green que originou o filme, irão ficar satisfeitos com a adaptação cinematográfica, extremamente fiel à obra literária. Dois adolescentes, Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort), que se conhecem em um grupo de apoio para jovens com câncer, ou que já sofreram deste mal.
O garoto, que perdeu uma de suas pernas por causa dos tumores, e a menina, cujo estágio avançado da doença lhe tirou a plena capacidade de seus pulmões, logo após o primeiro encontro começa sua historia de amor, amizade e companheirismo.
Um filme cheio de altos e baixos sem ser clichê, com uma poética no nome, a culpa é das estrelas; este nome faz muito sentido ao filme, pois ele é relacionado a uma cena pré ponto alto do filme, eles foram para Amsterdam,conhecer o escritor que HazeL e Gus adoram e em um jantar tomando champanhe, o garçom lhes conta a história da criação do champanhe, a história de Dom Pérignon – o monge cego que acidentalmente fez vinho espumante e chorou, “Venham rápido! Estou bebendo estrelas!”
A mensagem do filme, é sobre ser importante, as vezes achamos que ser famoso, fazer algo grandioso é ser importante. Porém John Green e os roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber, “500 dias com ela” (2009) e “The spectacular now” (2013), conseguem passar a poética do livro, que ser importante é maior, quando alguém se importa com você, está pessoa te traz pra dentro dela (te importa) e a carrega consigo eternamente, independente de quanto tempo foi o convívio com ela, pessoas que amamos levamos pra sempre dentro de nossos corações, essa é a grande mensagem do filme.
Quem assina a direção é Josh Boone, quem tem filme no currículo como “Ligados pelo amor”, o jovem diretor encontrou um material mais rico para fugir da tentação de cair no sentimentalismo em “A culpa é das estrelas”.
A trilha sonora é outro ponto alto do filme, bastante voltada para o folk, Josh Boone foi bem assertivo ao escolher Ed Sheeran, Jake Bugg, Charli XCX, Tom Odell, Birdy e companhia – algumas canções até parecem Bon Iver, banda cuja música esteve no trabalho anterior do diretor (Ligados pelo amor) e também estaria neste, se não tivesse negado seu uso.
No final o objetivo do filme é o de emocionar o maior numero possível de espectadores, sem distinção de gênero, idade, ser leitor ou não da obra original.
Obs: Levem lenço para o cinema, pois o choro é inevitável.
Felipe Milhouse 2014