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Fala Favela: Atendimento à população LGBTQIAP+ no sistema de saúde reforça preconceito institucional

Casos de transfobia em atendimentos nos postos de saúde ainda são recorrentes
Fala favela debateu o atendimento da população LGBTQIAP+ no Educap. (Foto: Marlon Soares / Voz das Comunidades)
Fala favela debateu o atendimento da população LGBTQIAP+ no Educap. (Foto: Marlon Soares / Voz das Comunidades)

Mais uma edição do Fala Favela, debate promovido pelo Voz das Comunidade, aconteceu na noite da última terça-feira (25), no Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap) na Canitar. Nesta edição, o evento trouxe para discussão um tema social muito importe: A saúde da população LGBTQIAP+

O atendimento nos postos de saúde foi um das principais abordagens da conversa que reuniu a produtora cultural Quitta Pinheiro, a fundadora do Grupo Conexão G, Gilmara Cunha e a médica de Saúde da Família, Jade Almawy. A desumanização da população trans e travesti reforça a LGBTfobia Institucional e a violência contra essa parcela da população é naturalizada na sociedade. Uma das violências que mais acontecem, por exemplo, é o desrespeito ao nome social.

Embora documentos e sistemas tenham a opção da inserção do nome social, ainda acontecem situações de constrangimento como chamar o “nome morto”, ou seja, o nome que não é mais usado por uma pessoa trans. Gilmara Cunha diz que ainda falta muito para chegar no ideal de atendimento público e que os esforços requerem a vontade de aprender.

Dra. Jade Almawy na ponta, Quitta e Gilmara no centro. (Foto: Marlon Soares / Voz das Comunidades)

A médica Jade Almawy, explica que embora se esforce para levar um atendimento inclusivo na unidade de saúde em que trabalha, ainda percebe uma resistência dos próprios funcionários. E lamenta. “A faculdade de medicina dura seis anos. Nesse período, a gente nunca falou sobre a saúde da população LGBT, de negros, e de pessoas em situação de rua”. A médica, que é formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explicou que os debates ainda precisam ser intensificados nas instituições de ensino.

Quitta Pinheiro pontua que hoje a população trans e travesti está ocupando espaços políticos de decisão, e acredita que isto fará a diferença para o atendimento na saúde pública. “Quanto mais a gente ganha força, mais a gente tira muita coisa [obrigações] dos ombros de ativistas que não conseguem alcançar”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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