O sonho de ter a casa própria mora no coração de muitos brasileiros. De acordo com dados do Censo de Moradia da plataforma Quinto Andar, realizado em parceria com o Datafolha, 87% da população sonha em ter a casa própria. Segundo a pesquisa, esse desejo é maior nas classes D e E.
Pelos becos e vielas das favelas do Rio de Janeiro, moradores que vivem de aluguel contam os dias para a realização deste sonho. No Complexo do Alemão, na Zona Norte, famílias que vivem de aluguel social há mais de 10 anos aguardam o cumprimento da promessa dos órgãos públicos de moradia digna.
Durante esse período de espera, mudanças constantes se tornaram comuns na vida de quem depende do aluguel social. O valor do benefício é de 400 reais e não cobre os custos de um aluguel nos dias atuais. Com isso, a solução é buscar imóveis com preços acessíveis e constantemente migrar para o mais barato. Diante desta situação, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos alegou que está elaborando um estudo de equiparação dos valores para os municípios fluminenses, para que a questão seja solucionada no primeiro trimestre de 2023.
A esperança é que este ano a realidade seja outra. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra), está construindo 320 unidades habitacionais na Avenida Itaóca 2277, e 175 apartamentos no número 1793 da mesma avenida. A previsão é que essas moradias sejam entregues em dezembro de 2023.
Ainda de acordo com o governo, outras 440 unidades habitacionais serão construídas na Avenida Itaóca 2226. O processo de licitação se encontra em fase final. Também há previsão da construção de 420 unidades no número 2778. Este projeto ainda está em fase de aprovação na Prefeitura do Rio.
Reportagem produzida e publicada no jornal impresso do mês de Voz das Comunidades
Texto: Amanda Botelho | Fotos: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades