Texto: Davi Cidade
Material produzido para o jornal impresso do Voz das Comunidades – Abril/2023
Você sabe o que são doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)? Como o nome mesmo diz, esse tipo de doença não se adquire por meio de vírus ou bactérias. Elas se desenvolvem ao longo da vida de um indivíduo, muitas vezes, de forma silenciosa e sem muitos sintomas até que são percebidas. Suas principais causas são hábitos de vida e alimentação pouco saudáveis.
Você, leitor e leitora, provavelmente, conhece alguém que tem alguma dessas doenças ou até mesmo você as possui. Entre as principais delas estão: doenças cardiovasculares (como hipertensão), câncer e tumores, doenças respiratórias crônicas e diabetes.
Essas doenças não estão associadas a uma única causa. Existem fatores genéticos que influenciam no surgimento de algumas delas, porém maus hábitos alimentares, cigarro, consumo excessivo de álcool e sedentarismo são fatores de risco.
“Essas doenças estão relacionadas com o movimento do corpo. Você tem eficácia contra a diabete, a hipertensão e as doenças de entupimento das artérias quando você consegue fazer: caminhada, corrida, subir e descer escada”, conta a nutricionista comportamental Yasmim Louro, moradora de São João de Meriti, sobre o tratamento de portadores de DCNT.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 30% da população adulta da cidade tem hipertensão e 8% tem diabete. Ainda segundo estatísticas divulgadas em 2022 pela OMS, 75% das mortes no Brasil são causadas por DCNT. Os dados de óbitos e população portadora da doença revelam a gravidade do problema e a urgência da prevenção. Porém, nem tudo pode ser colocado na conta dos pacientes.
“O acesso a comida de verdade está cada vez mais difícil… A gente vê um alto custo de alimentos in natura (frutas, legumes, verduras) e a gente vê os industrializados cada vez mais acessíveis”, pontua a nutricionista Yasmim Louro sobre o problema de acesso à alimentação saudável.
Em nota, quando questionado se há dados relacionado a moradores de favela, a SMS respondeu que, no âmbito do Sistema de Informações sobre Mortalidade, base de dados oficiais para avaliação e quantificação dos óbitos, o local de residência somente é estratificado até o bairro, não conseguindo definir com precisão se os mesmos residiam em comunidades ou não.