Marielle Franco cria da Maré, Anderson Gomes, Maria Lúcia, José Roberto e Benjamin da Silva, moradores do Complexo do Alemão. Em menos de uma semana, cinco vidas foram brutalmente interrompidas decorrente a violência no Rio de Janeiro. Cinco vidas negras e periféricas, que reforçam as estatísticas de pesquisas da UNESCO, que afirmam que: “ser negro no Brasil é ter mais que o dobro de chances de ser assassinado” e “cerca de 77% dos jovens assassinados no Brasil são negros”. Mediante a indiferença do estado e da mídia essas mortes seguem sendo banalizadas.
O cenário hoje na cidade do Rio é de opressão e medo. Andamos na contramão em meio a intervenção militar, que de nada beneficia a população, apenas segrega e oprime. A necessidade da assistência do estado na área da segurança pública é urgente.
Marielle era ativista e voz ativa em prol das comunidades, Benjamin tinha apenas 1 ano de idade, ambos tiveram o direito de viver interrompido. Vidas periféricas IMPORTAM! Não vão nos calar.
Enquanto o estado negligencia essas mortes, as favelas vivem sangrando e implorando por paz. Marielle, Anderson, Maria Lúcia, Benjamin e Roberto, PRESENTES!
Texto: Julia Paresque | Foto: Renato Moura