“A Catedral de Notre Dame vai ficar pronta antes do buraco da Avenida Itaóca”. A frase foi postada no Facebook por Lucivani Garcia, que não aguenta mais ver a situação de abandono da região. A ironia refere-se ao buraco de 2 metros que se formou em março, na altura da comunidade Parque Everest, em Inhaúma. A via precisou ser interditada e a demora para finalização das obras prejudica quem depende dos ônibus que passam na localidade.
Procurada, a autora do desabafo, Lucivani Garcia , diz que o buraco torna a vida das pessoas mais difícil e que o trajeto para pegar os ônibus tornou-se mais demorado.
“Está atrapalhando a vida de todos que precisam passar por ali. O transtorno está demais. Eu vejo a dificuldade dos moradores do Complexo que precisam andar bastante para entrar nas conduções que durante anos pegaram pela Avenida Itaóca”.
Os ônibus continuam fazendo um itinerário diferente do habitual devido aos problemas da via. São os casos das linhas 292, 311, 402, 445, 492, 629, 711 e 908. Moradores cansados, idosos, pessoas portadoras de deficiência ainda
sofrem para andar um trajeto que, em principio, não precisaria ser feito.
A Superintendência da Grande Inhaúma e Complexo do Alemão, logo após as fortes chuvas do fim de fevereiro, entrou em contato com órgãos competentes, segundo nota divulgada no Facebook. “A Superintendência agiu prontamente ao entrar em contato com o Centro de Operações Rio (COR), que acionou os órgãos competentes para reparar o problema”.
O Voz das comunidades acionou a assessoria do órgão para obter informações sobre o evolução da obra, no último dia 25 de abril e recebeu a seguinte resposta: “A Superintendência Regional não tem responsabilidade pelas obras, a gente só supervisiona o andamento.”
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A Fundação Rio-Águas informa que já está atuando na via e trabalhando junto com a Secretaria de Infraestrutura e Habitação (SMIH), diz que a previsão de término é para outubro, devido à complexidade da obra. A Cedae também está executando serviços lá, pois tem uma adutora no local. Falamos também com a Secretaria de Conservação, que encaminhou para a fundação Rio- Águas. De acordo com o órgão, as obras já têm prazo para terminar.