Foto: Thiago Lima / Voz das Comunidades
Nesta sexta-feira (11), o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, se reúnem para discutir sobre o cumprimento da ordem que restringe operações policiais em favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia do coronavírus.
Em junho, o STF proibiu a realização de operações policias em comunidades devido à Covid-19. As operações só poderiam ser realizadas “em hipóteses absolutamente excepcionais, que devem ser devidamente justificadas por escrito pela autoridade competente”.
Para representantes das forças de segurança, impedir operações em favelas possibilita o fortalecimento de facções criminosas e representa risco à segurança pública do estado. No entanto, a suspensão dessas ações preservou a vida de muitos moradores, que frequentemente são vítimas da violência. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF), após determinação do STF o número de pessoas mortas durante ações ou tiroteios no Rio diminuiu mais de 70%, e em 50% o número de feridos.
Contudo, mesmo com a suspensão das operações houve ocorrências de incursões policiais nas favelas neste período.