Programa ‘Morar Seguro’: Alerj aprova criação do projeto para diminuir a vulnerabilidade das moradias; saiba mais

A proposta atende residências situadas em regiões com risco de deslizamentos de terra e outros perigos
Sessão na Alerj. Foto: reprodução

Na última quinta-feira (03), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em segunda discussão, o programa “Morar Seguro”. A iniciativa tem como finalidade estabelecer políticas públicas que promovam a redução da vulnerabilidade de habitações situadas em áreas de risco, como locais sujeitos a deslizamentos de terra e outros perigos geológicos.

De autoria do deputado Rafael Nobre (União), a proposta agora aguarda a decisão do governador Cláudio Castro (PL), que tem um prazo de 15 dias para sancioná-la ou vetá-la. O texto estabelece a criação de um Plano Integrado de Mapeamento e Monitoramento de Áreas de Risco, com o objetivo de identificar e acompanhar locais com elevada chance de deslizamentos, erosões e demais ocorrências ambientais.

Segundo indíces desenvolvidos pela plataforma Rio 60º C, pesquisa realizada Ambiental Media em parceria com o grupo de pesquisa RioNowcast+Green, do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (Instituto de Computação/UFF), a cidade do Rio de Janeiro apresenta dados preocupantes quanto à vulnerabilidade das moradias. Em relação aos deslizamentos, estima-se que cerca de 70 mil residências estejam em situação de alta vulnerabilidade, sendo 9,7 mil classificadas como de vulnerabilidade muito alta. No caso das inundações, a ferramenta aponta aproximadamente 530 mil moradias em alta vulnerabilidade, das quais 132 mil estão em condição de vulnerabilidade muito alta.

Medidas prioritárias

Entre as principais ações previstas pelo programa estão a realização de obras de contenção e infraestrutura, ações de reflorestamento e manejo ambiental, além da promoção de melhorias habitacionais que aumentem a segurança das construções localizadas em áreas de risco. A iniciativa também estabelece que o governo, em parceria com as prefeituras, elabore um cadastro com informações como nome, qualificação e endereço dos moradores dessas regiões vulneráveis.

Esse cadastro tem como objetivo viabilizar, o quanto antes, a oferta de moradias seguras, preferencialmente próximas às áreas de origem dos moradores. A proposta está alinhada à Lei 10.193/23, que criou o Censo de Déficit e Inadequação Habitacional no Estado do Rio de Janeiro.

“O Estado precisa assumir um papel central na prevenção e mitigação desses riscos, com a implementação de políticas públicas que não apenas corrijam as vulnerabilidades já existentes, mas que também eduquem e conscientizem as populações afetadas”, destacou o parlamentar.

Compartilhe este post com seus amigos

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

Contato:
[email protected]