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Museu da Vida Fiocruz vai apresentar peça teatral para mulheres de Manguinhos e Maré

Refletindo sobre os papeis sociais impostos ao gênero feminino, a apresentação será às 11h deste sábado (30), na Tenda da Ciência, no campus da Fiocruz
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Já imaginou viver em um lugar onde as mulheres só podem falar quando os homens não estão por perto? É assim em Cidadela, peça do Museu da Vida Fiocruz que aborda questões de gênero e será apresentada para mulheres dos territórios de Manguinhos e Maré, às 11h do próximo sábado (30), na Tenda da Ciência, no campus da Fiocruz.

Com texto de Renato Souza-Ribeiro e direção de Letícia Guimarães, a peça estimula a reflexão sobre os papeis sociais impostos ao gênero feminino a partir da história de quatro mulheres da cidade de Vem Quem Quer: Juçara Brio Forte e Justa Plena de Si, que aparentemente se mostram resignadas diante da lei do silêncio feminino, imposta pelos homens da cidade; da inconformada Nina Garota; e da ex-moradora de Cidadela, Marina Lá Se Foi, que tem sede de mudança. O elenco é formado por atrizes negras negras cis e trans. 

“Estamos observando com muita dor e espanto a crescente violência contra as mulheres. Cidadela está cada dia mais atual, e os debates sobre o silenciamento feminino com o público jovem têm sido muito potentes. Essa peça diverte, emociona e planta muitas perguntas em todos que assistem”, comenta a diretora Letícia.

Além da sessão especial para mulheres dos territórios onde estão localizados alguns dos campi da Fiocruz no Rio, Cidadela é apresentada na Tenda da Ciência toda quinta-feira, às 10h30 e às 13h30, para pessoas a partir de 12 anos.  

Mais informações

A entrada é gratuita, e a reserva de ingressos deve ser realizada pelo e-mail: [email protected]. O endereço é o Tenda da Ciência, no campus da Fiocruz em Manguinhos (Avenida Brasil, número 4.365).

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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