Nesta quinta-feira (3), a Estação Primeira de Mangueira teve o prazer de anunciar a talentosa atriz mirim Lua Miranda como sua nova musa. Com somente 8 anos, Lua não é apenas um rosto em ascensão na televisão brasileira, mas também uma legítima representante da essência mangueirense, com suas raízes profundamente entrelaçadas na história e no samba da verde e rosa.
A ligação da nova musa e de sua família com a Mangueira é hereditária. A pequena é bisneta de Antônio Abóbora D’Água, uma figura histórica na agremiação, ex-diretor de Patrimônio, membro da Velha Guarda e um dos fundadores da Ala dos Periquitos, a primeira ala da escola. Toda a família é ligada a Estação Primeira. Seu avô materno tocava surdo na bateria, o mesmo instrumento que seu pai, atualmente, toca com orgulho. Sua mãe, que desfila na escola há mais de uma década, acompanha Lua em todos os momentos, fazendo questão de adereçar as fantasias da filha com carinho e dedicação. Lua, aliás, participa dos desfiles da Verde e Rosa desde sua gestação.
Como Musa da Mangueira do Amanhã, a agremiação mirim, e embaixadora do curso de Educação Antirracista da Mangueira do Amanhã, Lua Miranda representou com maestria a nova geração do samba carioca. Sua presença mantém viva a ancestralidade, a tradição familiar e a riqueza cultural que são pilares da Mangueira.
Agora, como musa da Mangueira, ela pretende dar continuidade ao legado da família. “Era um sonho”, confessa. “Por isso eu e minha mãe recebemos com muita alegria e emoção o convite da presidente Guanayra Firmino”, conta Lua.
Apesar da pouca idade, a carreira artística de Lua é notável. Na TV Globo, atualmente brilha no quadro infantil “Por que, Mion?” no Caldeirão com Mion. Lua estreou na TV protagonizando a série documental ‘Resistência Negra’, do Globoplay, ao lado de nomes como Djonga e Larissa Luz. Em 2023, foi a estrela do curta que idealiza a primeira ministra negra no STF. Em “Hoje é Dia das Crianças”, interpretou Balú, contracenando com veteranos como Tony Tornado e Aisha Jambo, e recebendo participações de grandes artistas como Zezé Motta, Péricles, IZA, Cabelinho e Jão.
Além de seu brilho artístico, Lua é uma voz ativa. Ela utiliza suas redes sociais para compartilhar discursos inspiradores sobre representatividade negra e empoderamento infantil, conquistando a admiração de milhares de pessoas. Em 2024, recebeu o Prêmio UBUNTU na categoria Potência Negra Infantojuvenil. Seu discurso de agradecimento viralizou ao dedicar o prêmio às crianças de Belford Roxo e da Mangueira, com a marcante frase: “Por que, se as portas se fecharem, estaremos lá para meter o pé na porta”.
“A Estação Primeira de Mangueira celebra a chegada de Lua como musa e reforça seu compromisso em cultivar e valorizar os talentos que, como ela, representam o futuro do samba e da cultura brasileira”, saúda a presidente Guanayra Firmino.