Mangueira anuncia enredo afro-indígena inédito para o Carnaval 2026

“Mestre Sacaca do Encanto Tucuju - O Guardião da Amazônia Negra” será o tema que abre o triênio do centenário da escola
Foto: Marco Terranova | Riotur

A Estação Primeira de Mangueira revelou nesta sexta-feira (16) o enredo que levará para a Marquês de Sapucaí em 2026: “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”. A proposta marca o início do triênio que celebrará os 100 anos da Verde e Rosa e é assinada pelo carnavalesco Sidnei França.

De forma inédita, a Mangueira mergulha nos costumes afro-indígenas do extremo Norte do Brasil, contando a trajetória do amapaense Raimundo dos Santos Souza, o Mestre Sacaca. Conhecido como “doutor da floresta”, ele ficou famoso por seus saberes tradicionais sobre ervas, seivas e raízes, utilizados no cuidado comunitário com garrafadas, unguentos e simpatias.

Sacaca também foi uma figura marcante na cultura popular do Amapá. Além de marabaixeiro, ele teve papel importante no carnaval local, onde foi Rei Momo por mais de duas décadas e fundador de blocos e escolas de samba. Seus saberes e sua conexão com a floresta ainda são mantidos por sua família e celebrados pela população tucuju.

Imagem: Divulgação

Segundo o carnavalesco Sidnei França, a proposta rompe com visões limitadas da Amazônia ao destacar personagens ainda pouco conhecidos pelo grande público. “Com sua vocação de contar ‘outras histórias’, a Mangueira vai apresentar Mestre Sacaca, um legítimo representante dessa floresta afro-indígena”, afirmou.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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