KING Saints sempre esteve em cima dos palcos, cria da Vila Operário, localizada na baixada Fluminense e filha de uma produtora cultural, a cantora cresceu rodeada pela arte. Desde os 14 anos participava de concursos de cover. Aos 16, teve a oportunidade da sua estreia no canto. Foi nesse momento que ela teve acesso a novos sentimentos e entendeu a carreira que queria seguir. “Percebi que me deu um desespero maior do que todos os outros desesperos que eu já tinha sentido, tá ligado? Um bagulho tipo meu Deus, que loucura”, relembra.
Em maio, KING! lançou seu segundo álbum, intitulado “Se eu fosse uma garota branca (mas não sou)”. Em entrevista para o Voz das Comunidades, a artista fala sobre o processo criativo do mais novo lançamento. “Foi bem confortável de criar, por mais que fale de muitos assuntos delicados, ainda assim o processo de criação foi muito divertido“, diz. Temas sobre pautas raciais, bissexualidade e assuntos polêmicos são abordados de forma ácida.



- Saiba mais sobre KING Saints: https://vozdascomunidades.com.br/destaques/king-saints-lanca-seu-primeiro-album-se-eu-fosse-uma-garota-branca/
O projeto é uma versão deluxe do seu último álbum denominado “Se eu fosse uma garota branca”, e sua nova face conta com a participação de diversos outros artistas, como Karol Conká, MC Soffia e Leoni. “São pessoas que eu admiro muito, pessoas que eu passei a admirar no meio do processo da criação”, fala.
KING traz o pop de um jeito moderno, versátil e autêntico. A artista expõe sua relação com a família e como isso a ajuda a ter liberdade em suas composições “minha família é matriarcal, (…) então, é uma troca em troca de ideia interna, familiar, mas também dos meus espaços, da onde eu vim. E eu acho que isso influencia totalmente. Se eu tivesse esse mesmo corpo físico mas, ter sido criado em outro espaço geográfico, talvez a configuração dessa comunicação seria diferente” explica.
Prezar a memória de quem é e será é fundamental para a cantora. “Eu quero falar sobre isso, sobre a Liberdade, sobre existir, persistir. E que meu nome fique aí, né? A gente, enquanto pessoa negra, é muito apagado, né? Nas nossas histórias, as nossas contribuições, elas são muito apagadas. Então quando eu olho, no Google, jogo meu nome e tá lá bonitinho, depois eu ‘falo, pô, pelo menos aquilo ninguém apaga'”, relata.
Atualmente, a cantora acumula mais de 40 mil ouvintes mensais no Spotify, suas músicas estão disponíveis em todas as plataformas digitais.