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KING Saints lança seu primeiro álbum ‘Se Eu Fosse Uma Garota Branca’

O álbum, com 11 faixas, explora temas sociais fazendo críticas incisivas ao racismo.
Foto: Divulgação

Ela é cria de Duque de Caxias, Baixada Fluminense do Rio, e já compôs para artistas como Elza Soares, Negra Li, Karol Conká, Thiaguinho, entre outros. Vem conhecer o novo projeto de KING Saints, a braba que está lançando seu primeiro álbum de estúdio ‘Se Eu Fosse Uma Garota Branca’.

Com um pegada que explora temas sociais e faz críticas incisivas de uma maneira que só ela sabe, o projeto conta com a produção de Marcel e do trio Los Brasileros, responsáveis por trabalhos de nomes como Karol Conká, Carol Biazin, MC Soffia e Bruno Gadiol.

KING Saints é conhecida como a força do lado B do pop, tendo seu nome por trás de grandes hits. A cantora e compositora possui indicações ao Latin Grammy por seu trabalho de composição em “DOCE 22”, de Luísa Sonza (em 2022), e  “AFRODHIT”, de IZA (recém-indicada à edição de 2024). Além de integrar faixas e álbuns grandiosos como “Bombasstic”, em que também compartilha os vocais com IZA, tal como “Inferno” e “Você Não Sabe Amar”, da cantora Cleo, entre outras.

Foto: Maurício Siqueira / Divulgação

Com 12 anos de carreira, neste seu novo projeto ela vem com uma narrativa sobre a diversidade, sem deixar de lado a crítica e o humor ácido que vão na raiz do problema. Quando questionada sobre sua maior inspiração para seguir adiante, KING Saints conta que mulheres negras são referenciais nesta caminhada, mas sua maior inspiração é a avó Iracy, com quem não chegou a conviver, mas diz sentir a força de sua presença. 

A cantora conta que ‘Se Eu Fosse Uma Garota Branca’ é muito mais que um álbum. Ela acredita ser um chamado para uma reconstrução da identidade de um país marcada pela diversidade e pelo racismo. “Eu convido a uma reflexão sobre os atravessamentos do preconceito racial na jornada de jovens artistas e na construção de identidades em um mundo que insiste em nos definir por nossa cor de pele. Este álbum existe porque estive, a vida inteira, cercada por mulheres negras que se esforçam incansavelmente para proporcionar uma vida melhor para si e para os outros. Mulheres que estão na base desta sociedade, que cresceram ouvindo: ‘Você é negra, precisa ser mil vezes melhor para não perder a vaga.’ Mulheres que duvidaram da própria beleza, até mesmo da capacidade de conquistar e merecer as coisas boas da vida”, pontua a cantora.

O álbum contém 11 faixas, incluindo colaborações de peso com artistas como Karol Conká (em “Kanhota”), MC Soffia (em “Cinderela”), Leoni (em “Dançar”), MC Danny (em “Caloteiro) e outros mais. Cada faixa carrega um pedaço da visão crítica e do humor afiado que KING Saints imprime em seu trabalho. Em sua primeira faixa de trabalho, que possui o mesmo título do álbum, foi montada uma projeto audiovisual, dirigido por Léo Ferraz, onde a cantora se caracteriza de uma mulher branca dos anos 70. “É uma música que criei para me divertir e trazer alguns temas importantes à tona. Com um toque ácido e descontraído, ela surgiu enquanto eu assistia a um vídeo satírico sobre mulheres brancas tentando fazer ‘contenção de danos’ após um ato de racismo. Você conhece aquele clássico vídeo de desculpas, não é? Elas aparecem com uma blusa branca, rosto sem maquiagem, fundo branco, e sempre soltam a frase emblemática ‘quem me conhece sabe…’ Isso me inspirou a criar essa música”, explica sobre a faixa-título.

Capa do álbum ‘Se Eu Fosse Uma Garota Branca’. Foto: Divulgaçãõ

A cantora e compositora conta que o álbum não traz um desejo de ser uma garota branca, mas que todo o projeto é um acalanto a todas as mulheres negras que se sentem isoladas neste sentimento de impotência. “Você não está só, eu não estou só! Não somos todos iguais, e isso é lindo. Somos uma comunidade ancestral”, finaliza.

‘Se Eu Fosse Uma Garota Branca’ já está disponível em todas as plataformas de streaming e para conhecer melhor a artista, siga ela em suas redes sociais.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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