Integrando o Conselho de Monitoramento da ADPF das Favelas, Defensoria Pública vai fiscalizar ações da Polícia no Rio

Inclusão em conselho de monitoramento promete mais rigor para garantir o cumprimento de regras do STF, como o uso de câmeras corporais em operações nas favelas e periferias
Foto: Reprodução

A Defensoria Pública do Rio acaba de ganhar um lugar de peso na mesa de decisões sobre segurança nas favelas. A partir de agora, o órgão integra oficialmente o Conselho de Monitoramento da ADPF 635 – grupo criado pelo Ministério Público para cobrar que as regras do STF para operações policiais sejam cumpridas no estado. A inclusão, oficializada na última sexta-feira (6), coloca a Defensoria ao lado de entidades como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria de Segurança do RJ.

Marcos Paulo Dutra Santos, coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria, será o representante do órgão. Em entrevista, ele destacou a importância da medida: “Isso é crucial, ainda mais depois de tragédias como a operação na festa junina que terminou com mortes. Precisamos garantir que as regras da Justiça sejam respeitadas e que haja responsabilização”. O conselho terá poder de fiscalizar, exigir transparência e prestação de contas sobre avanços e falhas.

As regras em questão foram definidas pelo STF em abril e incluem obrigatoriedade de câmeras nos uniformes de agentes, ambulâncias em operações de risco, preservação de cenas de crime e comunicação imediata de mortes ao Ministério Público. A ADPF 635 foi criada em 2020 por entidades de direitos humanos, com apoio da Defensoria, para combater o aumento da violência policial em favelas durante a pandemia. Desde então, o órgão atua diretamente no caso, produzindo provas e defendendo moradores.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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