Em abril, responsáveis e os profissionais da educação estiveram apreensivos com as notícias sobre atentados em escolas. Esses casos são só a ponta de vários problemas que acontecem dentro e fora do ambiente escolar: bullying e outros tipos de violência. Por isso, o momento pede atenção.
A dona de casa, Amanda Cristina, moradora da Nova Brasília, foi uma das mães que não mandou os filhos para escola na data em que houve rumores de novos atentados. “Por causa de um assunto de ataques, meus dois filhos do meio não foram pra escola com medo”, diz ela.
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Amanda ainda não consegue ver as atitudes de acolhimento e escuta dos alunos nas unidades escolares, mas também nota que têm pais que não ouvem o que os filhos sentem. “Teria que ter uma equipe pra escutar essas crianças, saber o que elas estão sentindo, porque às vezes, elas não se abrem com os pais. Aí dá nisso no que a gente tá vendo hoje”, revela a mãe.
Ações de prevenção e cuidado
Para mudar o quadro, a Secretaria Municipal de Educação (SME) tem um Núcleo de Apoio às Unidades Escolares (NIAP), com professores, assistentes sociais e psicólogos, visando a prevenção da violência. “Ano passado, o NIAP realizou 2.462 atendimentos envolvendo algum tipo de violência entre crianças e adolescentes nas unidades escolares. Desse número, 191 são de bullying e cyberbullying”, informou a Secretaria.
A secretaria também diz que há atualmente uma capacitação dos professores para identificar e resolver atritos entre alunos. E neste mês de maio, haverá o I Fórum de Prevenção às violências nas Escolas, que vai incluir estudantes e profissionais da educação. Por último, a Secretaria alega que “em várias Coordenadorias Regionais, campanhas para promover a cultura de não-violência ocorrem durante todo o período letivo”.