Lu Art Decoração em Chinelos foi um respiro na vida da artesã Luciane dos Santos da Silva. Há dez anos, a moradora da Fazendinha, no Complexo do Alemão, viu sua trajetória tomar outros rumos após passar pela depressão. A arte a salvou e deixou a história dela e de quem compra seus produtos com mais cor. A empreendedora aprendeu a fazer chinelos decorados com uma amiga e, a partir daí, não parou mais. “ O artesanato foi a minha cura. Eu tive mal e isso aí foi uma corda que jogaram pra mim no fim do túnel. Eu peguei e fui escalando até em cima. O médico tinha falado que eu tinha que arrumar algo pra fazer, que ocupasse a minha mente”, revela hoje Luciane com um sorriso no rosto.
A artesã já trabalhou como técnica de enfermagem e também já foi copeira. No entanto, resolveu viver somente do artesanato, fazendo aquilo que a faz mais feliz. No início, vendia para os colegas, que davam força e acabavam comprando os chinelos. Hoje em dia, ela relembra com carinho dos primeiros passos. “No começo era bem precário, porque eu não sabia fazer direito, né?”, relata. Depois disso, Luciane passou a divulgar seus trabalhos nas redes sociais para atrair novos clientes.
Não só de chinelos vive a Lu Art!
Luciane mudou para o Complexo do Alemão dois dias antes do fechamento oficial dos serviços e comércios devido à pandemia. Revela que as coisas ficaram difíceis, assim como para a maioria dos brasileiros. Em meio às dificuldades, continuou vendendo seus artesanatos , mesmo com a crise da economia. A empreendedora, que expõe seus produtos na feira de Inhaúma, elogia a clientela da região. “Aqui eles dão muito valor ao meu trabalho e entendem o preço que cobro pelos produtos”. explica.
Os chinelos produzidos pela artista têm personalidade e cada um sai de uma forma. Os calçados podem ser elaborados de acordo com o gosto do cliente. E para manter a qualidade, Luciane só usa chinelos de uma marca famosa. Mas não se limita somente a eles: também decora chapéus, faz porta-guardanapos e tem um carinho especial pelos filtros dos sonhos. “O chinelo é legal porque cada um tem um gosto diferente, mas os filtros eu comecei a fazer porque eu sou muito ligada a essa coisa de energia. E aí eu comecei a fabricar eles assim, de forma diferenciada também. Se eu fizer um filtro, não vai ter outra pessoa com o mesmo. Eu não consigo fazer igual”. diz a artesã.
Foto: Selma Souza
Quem se interessar pelo trabalho da artesã, pode procurar as redes sociais Luart Chinelos ou entrar em contato pelo WhatApp através do número 98178-8204.