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Alemão é um dos seis bairros mais atingidos pela Influenza A no Rio

O aumento de casos confirmados nos últimos meses elevou a gripe a epidemia
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Quando o assunto é saúde, o último ano para os moradores nas comunidades do Rio de Janeiro pode ser definido com a palavra “preocupação”. Com essa apreensão presente diariamente, eles encararam o avanço rápido do coronavírus e, como se não bastasse, agora, enfrentam o alto contágio Influenza A (H3N2), que recentemente notificou 23 mil novas pessoas infectadas na capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

Dos seis bairros mais atingidos na cidade, três são considerados favelas: Rocinha, Vila Kennedy e Alemão. Completando a lista de zonas mais afetadas estão Barra da Tijuca, Ilha do Governador e Tijuca. Além disso, na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde do Rio confirmou que esse crescimento de contaminação da população carioca caracteriza-se como epidemia – quando há um surto de grande número de casos de alguma doença em determinadas regiões.

Dentro das estatísticas de moradores contaminados está Flávia Costa, que tomou todos cuidados possíveis contra a H3N2, mas, mesmo assim, contraiu a gripe. “Tomei a vacina contra a gripe, uso frequente de máscaras, mas não adiantou. No primeiro dia, os sintomas foram de lerdeza. Depois, a gripe me ‘derrubou’ de uma forma que não consigo nem explicar”, confessa.

Indo na contramão dessa condição de vulnerabilidade pública e sanitária, recentemente, a prefeitura do Rio viu o estoque de imunizantes contra a Influenza A se esgotar. Uma situação que durou sete dias e que demonstra o despreparo da gestão do Governo Federal, responsável pela distribuição de vacinas à nível nacional, em oferecer um bem-estar aos cidadãos cariocas, principalmente, do povo favelado. 

Para a fotógrafa Selma Souza, moradora do Complexo do Alemão, os sintomas da gripe são bem incapacitantes, deixando a pessoa sem disposição e com fortes dores no corpo. Mesmo vacinada contra a H3N2, ela contraiu a gripe, que provocou mais casos respiratórios graves do que a Covid no Rio de Janeiro, de acordo com o boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizado entre os dias de 28 de novembro a 4 de dezembro.“Você sente muita dor no corpo, na cabeça, e é uma sensação quase insuportável. Hoje, eu nem consegui me levantar cedo para fazer as tarefas do dia”, explica Selma.

Os cuidados de prevenção contra a Influenza A são medidas semelhantes as do combate à Covid-19, entre elas, o distanciamento social, a utilização constante de máscaras e a higienização frequente das mãos com álcool 70% ou água e sabão. E, mesmo com o número de pessoas infectadas com a dose da vacina, é importante ressaltar que é essencial a imunização contra a gripe, pois amenizam os danos causados pelo quadro viral. Para se vacinar, basta os moradores procurarem as unidades de saúde, que receberam uma nova remessa de estoque através da nova remessa do Ministério da Saúde (100 mil) e da doação do Butantan (400 mil), nas Clínicas da Família e nos Centros Municipais de Saúde. 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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