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Sem solução, moradores do Morro do Adeus sinalizam buraco em rua para evitar acidentes

O asfalto cedeu há poucos dias, mas quem mora na localidade alega que o problema é antigo
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Um buraco na rua Engenheiro Efren Dantas, no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, está causando transtornos a quem passa pela localidade. Moradores, pedestres e motoristas, para evitar acidentes, desviam constantemente do buraco sinalizado por uma estaca e uma camisa.

A empreendedora Liliane Dias, dona de um quiosque localizado na rua, afirma que o asfalto cedeu há cerca de quatro dias. Segundo Liliane, um fiscal da prefeitura compareceu à região, mas ainda não deu um retorno sobre a resolução do problema. “Um vizinho já fez um pedido e eles deram até hoje pra vir, mas até agora não vieram.”

Liliane Dias no quiosque próximo ao buraco
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Liliane também revela que o problema não é novo, pois não é a primeira vez que a rua tem esse contratempo. Em menos de um ano, a abertura no asfalto ressurgiu, após o reparo da prefeitura. A empreendedora diz que a espera pelo conserto durou um mês, quando o problema foi temporariamente corrigido.

 “Ano passado a cratera era até um pouco maior. Eles colocaram um asfalto, mas é muito fino, tem que ser uma coisa mais reforçada, mais forte, porque passa muito carro aqui.”

Buraco fica próximo a uma curva e pode causar acidentes
Foto: Selma Souza/ Voz das Comunidades

O aposentado Esdras Gonçalves, morador da rua há cinquenta anos, foi o responsável por entrar em contato com a prefeitura para resolver a questão. O senhor de setenta anos também sinalizou o buraco para proteger quem pode passar distraído pelo local. Além das estacas cobertas por uma camisa, ele colocou cones no entorno, que foram furtados. “Roubaram os cones à noite. Como estava chovendo, muito escuro, eu botei os cones”.

Esdras Gonçalves diz que aguarda resposta da Secretaria de Conservação
Foto: Selma Souza/ Voz das Comunidades

A reportagem do Voz das Comunidades entrou em contato com a Secretaria de Conservação, mas, até o momento desta matéria, não obteve resposta.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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