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Cine Carioca: O cinema do Alemão

Poder levar um pouco mais de distração aos moradores é a intenção do Cine Carioca

A comunidade da Nova Brasília tem uma lenda que explica o porquê do único cinema ser localizado nela. Wellington Cardoso, gerente geral do Cine Carioca, conta que na década de 70 existiu um pequeno cinema de rua. Ao saber dessa suposta história, eles levaram a ideia à prefeitura a fim de resgatar esse passado.

Uma grande tristeza é saber que ainda há muitos brasileiros que não conhecem uma sala de cinema. Por isso, poder levar sonhos para comunidade é uma imensa satisfação. O Cine Carioca é um projeto que está dando tão certo dentro da comunidade que os responsáveis estão pensando em expandir para outras comunidades.

O espaço exibe diversos filmes e o que atraiu o maior número de espectadores foi o filme “Os Vingadores”. O sucesso foi tão grande que quem queria assistir ao Homem de Ferro, o Hulk, o Thor e Capitão América precisou encarar grandes filas e a maioria só conseguiu comprar ingressos uma semana após a estreia, pois estes se esgotaram na velocidade da luz.

Apesar de ser acessível a todas as pessoas, com horários diversos e com o preço bem abaixo dos demais, o que é um diferencial, o espaço suporta apenas uma sala com noventa e uma poltronas.

Nada impede que a fábrica de fantasias continue, nem mesmo a violência, porque na comunidade há muito desejo e força de vontade. São esses os sentimentos que fazer valer a pena ter um projeto grandioso. Em dezembro, o Cine Carioca completa cinco anos de existência no Complexo do Alemão. Aberto diariamente, é uma ótima opção de distração sem muito esforço para os moradores. O cinema pede que todos compareçam sempre que puderem.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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