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Vídeo exibido pelo OlodumBaiana no Rock in Rio foi gravado no Complexo do Alemão; saiba como foi a gravação

OlodumBaiana é o encontro de Olodum e BaianaSystem que juntos se apresentam no Palco Sunset, no Rock in Rio 2024
Foto: Uendell Vinicius / Voz das Comunidades

O OlodumBaiana se apresentou neste domingo no Rock in Rio. Durante a apresentação, um vídeo foi exibido pela banda que mostrava Sasa, a figura feminina do Saci Pererê e o personagem Máquina de Louco foi gravado no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, dias antes da apresentação. E o Voz das Comunidades estava lá e conferiu tudo de pertinho.

A gravação do vídeo contou com a participação de alguns integrantes do Olodum e também, com elementos e integrantes do BaianaSystem e mostrou os símbolos da cultura e musicalidade baiana.

A escolha do lugar da gravação foi pensada e estruturada para passar a narrativa da realidade que faça a conexão entre Bahia e Rio de Janeiro. “A escolha de estar aqui e a felicidade de estar aqui nesse lugar é porque o OlodumBaiana parte do princípio do tambor. E o Olodum, estar aqui com o Beto e o Vandal,. O Pelourinho [ bairro de Salvador] é um celeiro, é um centro, onde se junta toda essa força, toda essa característica que a gente fala que é de luta, de resistência”, afirma Russo Passapusso, cantor do BaianaSystem.

Russo Passapuso
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

A música Batukerê – Toda Fé de Salvador dá caminhos para o quinto álbum e nas palavras de Russo. “Batukerê é uma energia que circunda o disco todo. A frase [o mundo dá voltas], pois é um disco da gente que ganhou o Grammy, isso acaba trazendo pra gente um pouco de sentido premonitório de proteção”, revela Russo.

“O grande lance é a colocação do povo negro nestes espaços, a forma como a música é esse grande viés de fuga de todas as mazelas que acometem a gente, esse lance portuário, do mar, entende-se melhor o mundo. Eu acredito que essas similaridades [de favelas cariocas e soteropolitanas] de pessoas que vivem isso, bebem, soam, sangram, experimentam isso”, complementa Vandal de Verdade.

Vandal. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Música Batukerê citada acima do BaianaSystem.

A polêmica proibição das máscaras do BaianaSystem no Rock in Rio: a principal característica do movimento

A segurança do Rock in Rio proíbe o uso de máscaras distribuídas pelo BaianaSystem. Para Passapuso, o público sempre encontra uma alternativa de acompanhar e se expressar durante o show. “Aí o cara pega uma camisa, bota, aí o outro bota no sei o quê, aí vai com a camisa que vira isso e a gente vê que a galera está ressignificando a todo momento”, brinca Passapuso.

A identidade e o elo que o público produz junto ao BaianaSystem mostra a importância da cultura popular. “A máscara é uma expressão popular muito forte. Quando a gente chega em eventos, que por qualquer motivo, isso impossibilita a expressão popular. Eu acho que isso já está notório, porque a gente não tem outra justificativa em relação a isso, outro papo em relação a isso, sendo faz parte da expressão musical do Brasil”, esclarece Russo, vocalista do BaianaSystem.

OlodumBaiana

OlodumBaiana é uma marca que nasce bebendo da fonte dos tambores do Olodum e da guitarra baiana e nervosa do BaianaSystem em uma mistura revolucionária de como mostrar a baianidade: “A semelhança é a mesma, 90% dos músicos do Olodum, vem de comunidades como essa [Alemão]. Esse projeto OlodumBaiana começou há quase dois anos, um projeto que eu acredito que ainda vai rodar o mundo”, conta o artista conhecido como o Grande, integrante do Olodum há 38 anos.

Roberto Barreto, integrante e fundador do OlodumBaiana, explicou que o Olodum é uma referência ampla em muitos sentidos pelo que representa. “Desde o início foi pensado como um show único, onde as músicas se completavam ali, a gente entendeu que histórias as músicas conseguiam contar. E isso, foi uma unidade que a gente conseguiu desde a primeira vez”.

Confira fotos do show do OlodumBaiana no Rock in Rio:

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EDITORIAS

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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